O nosso querido Constantino Sério, não vai poder estar connosco amanhã.
Ninguém mais do que o editor de serviço lamenta esta compreensível ausência.É que Frei Constantino Sério foi para muitos de nós, o modelo!
Está tudo dito!
Obrigado, Sério.
Até breve, pelo menos aqui com as tuas tão desejadas crónicas do JINGO!!!
antónio colaço
(foto 1 – São Félix de Cantalício)
Não me perguntem como tenho esta foto. Se não me engano, deve ter sido noutra oportunidade, em que visitámos de novo a igreja do Ameal. A perspectiva de cima…
(Foto 2)
A imagem dos frades da altura … Reconheço o Pe. Afonso de Gondifelos… Ai se a moda do cabelo cortado à malga pega!...
Tínhamos passado os recreios da manhã em ensaios (a uma voz, a duas vozes, a quatro…) durante o primeiro período. Ensaiava-se a Missa Secunda Pontificalis de Perosi. A cantar no Porto!
No princípio de 61 (Janeiro? Fevereiro? ...)
A camioneta da Gondomarense mal cabia na rua em que entrámos a partir da rua do Ameal (sabia lá que rua era!). Entre o “Já chegámos” e o estacionar ainda foi uma eternidade!
Fomos saindo pelo lado direito. Quando saí, já um grupo de colegas rodeavam um Padre, interessados e gargalhando. Perguntava:
- Como te chamas?
– Joaquim.
– Jo-a-quim, frrum frrum frrim, Sa-ra-ma-gu-im,
Frrum frrum frrum frrum frrum frrum frrim
Anda sempre até ao fim! (mais ou menos deste jeito…)
Era o primeiro contacto com o Padre Miguel de Negreiros.
Outros Padres nos cumprimentavam em recepção. Alguns ainda não eram Padres…
Ficou uma ténue imagem do antigo convento, baixo, a chegar-se à face da rua…
Depois foi o deslumbramento dentro da igreja. Quantas capelinhas de Gondomar (debaixo do dormitório), cabiam lá dentro! Cantámos no 1º coro. E havia ainda um outro coro acima das nossas cabeças. Olhar lá para baixo era proibitivo: “Todos com os olhos em mim! !” - insistia o Pe. Donato que nos dirigia o canto.
Ma os olhos escorregavam-nos para a magnificência da igreja: 4 filas de longos bancos!!! Os padres pareciam miniaturas a movimentarem-se na zona do altar. A imagem da Senhora, maior que eles, aproximava-se do coro onde cantávamos…
Não tenho imagem do trabalho feito. No final, dos olhos do Pe. Donato, aliviados de uma grande tensão, saiu um sorriso de missão cumprida. E demo-nos silencioso abraço de parabéns pelo nosso desempenho!