Bom Dia, Com Paz e Alegria!
É Domingo. Muitos começaram ontem as férias.
Nas Igrejas cristãs começa hoje a «Semana Santa», também chamada «Semana Maior».
A narrativa da Esperança.
O grito da Vida.
A aposta na entrega aos outros.
Jesus Cristo - «o Homem» (no dizer do governador Pilatos).
No anexo (ou no Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=9Xgmz1O-Rtk)
a saga do britânico Nicholas Winton, o «Schindler» ou o «Aristides Sousa Mendes» da Grâ-Bretanha, pode ser uma excelente «introdução» ao espírito desta «Semana Santa».
A Semana da Vida em abundância.
A Utopia da Construção da Cidade onde habita a Justiça, o Acolhimento, a Fraternidade.
«Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos seus amigos» (Jesus Cristo: João 15, 13)
«Quem salva uma vida, salva a Humanidade.»
Uma Santa e Feliz Páscoa do Ressuscitado, com sementes de Paz e Bem a germinar em todos os corações,
frei Acílio Mendes
http://www.youtube.com/watch?v=9Xgmz1O-Rtk
(Se não estiver disposto/a a enxugar as lágrimas, não veja até ao fim)
Já aqui o dissemos por diversas vezes:
-No irmão sol há lugar, também, para falarmos do que fazem os filhos que fizemos! Prolongamento de nós, com a sua própria identidade e autonomia, sim, mas que orgulhosos nos sentimos quando nos possibilitam vislumbres de santidade, de eternidade, o que quiserem.
A Rita Colaço, jornalista na Antena 1, com uma colega sua, geógrafa, a Lina Ribeiro, roubaram duas semanas às suas férias, investiram as suas poupanças, congregaram esforços e juntaram outras vontades e, vejam só, na hora da despedida - partem amanhã do Uganda - as COMOVENTES PALAVRAS, do William, ele mesmo um jovem, 25 anos, com a responsabilidade e a iniciativa de, lá na sua terra, ter tomado conta de meia centena de putos órfãos de pais com sida!
Não há palavras!
As (U)GANDAS MALUCAS SOLIDÁRIAS DEIXAM O UGANDA AMANHÃ
mas vejam só do que são capazes os "Dois Mosqueteiros", OS DOIS JOVENS QUE TOMAM CONTA DO ORFANATO DE BULENGA.
ATÉ A AGRADECER SÃO NOBRES!!!!
João Casais, este Obrigado é também para ti, BENFEITOR ENTRE OS BENFEITORES DE BULENGA!!!
antónio colaço
Um rumor de verde na copa dos plátanos da Domingos Sequeira e apesar de uma tímida insistência do Sol em romper as nuvens que pairam sobre a Estrela e apesar de um céu tecido de eléctricos fios.... a confiança de que a Irmã Primavera já cá está.Obrigado.
antónio colaço
Bom Dia,
Com Paz e Alegria!
Em Dia Mundial da Água,
cantamos com Francisco de Assis:
«Louvado sejas. meu Senhor,
pela nossa irmã água,
que é tão útil e humilde
e preciosa e casta».
Pela irmã água do seio mateno,
que amorosamente nos envolve e acompanha
em nossa gestação e crescimento;
Pela irmã água da chuva,
ora serena ora violenta e arrasadora,
a lavar cidades e aldeias;
Pela irmã água do mar imenso e majestoso,
a desafiar-nos ao lazer e ao convívio
e aos desportos radicais
e a sulcar horizontes de profundidade e de universalidade;
Pela irmã água dos rios
que serpenteiam montanhas e vales,
a irrigar campos e sementeiras;
Pela irmã água das torneiras e dos chuveiros
que em cada manhã nos desperta
para a vida e para a missão;
Pela irmã e mãe água do Baptismo,
que nos traz vida nova, nova esperança
e novo compromisso na construção da Cidade
onde habita a Paz e o Bem:
Louvado sejas,meu Senhor!
No anexo, o «mago das ondas»
deixa-nos deslumbrados.
Abraço fraterno de Paz e Bem,
frei Acílio
A POÉTICA DO AMOR E A PROSA DA JUSTIÇA
Quem faz o bem sem olhar a quem vem da zona de Deus com a alma transfigurada
1. Quem, hoje, for à missa – e quem não for pode
abrir o Evangelho – vai encontrar-se com um Jesus
que resolveu não ligar nem a Moisés nem aos
escribas (os letrados) nem aos fariseus. A cena
reconstituída pelo autor do IV Evangelho, um
grande dramaturgo, é impressionante ( Jo 8, 1-11).
Jesus desce do Monte das Oliveiras de manhã cedo e antes
do nascer do sol já estava na área do Templo a ensinar.
Os escribas e os fariseus apresentaram-lhe uma mulher
surpreendida em adultério. Colocaram-na no meio dos
presentes e disseram: “Mestre, esta mulher foi surpreendida
em fl agrante adultério. Na Lei, Moisés mandou-nos
apedrejar tais mulheres. Tu que dizes?”
Para o narrador, eles falavam assim não para alargarem
o seu horizonte ou para ouvir uma nova forma de
interpretar a Lei, mas “para lhe armarem uma cilada e
terem pretexto para o acusar”.
Jesus deu a impressão de que não estava para os aturar.
Inclinou-se e começou a escrever com o dedo no chão.
Nunca ninguém saberá o que escreveu. Parece que estava
a ganhar tempo, pois não o largavam com perguntas. Levantou-
se e resumiu a sua interpretação: “Quem de entre
vós não tiver pecado atire a primeira pedra!” Inclinou-se
de novo e continuou a escrever no chão.
Conta o narrador que eles, ao ouvir aquilo, foram
saindo um após outro, a começar pelos mais velhos.
Jesus fi cou sozinho com a sua escrita e a mulher permanecia
lá sem saber o que fazer. Jesus, erguendo-se,
disse-lhe: “Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?”
Resposta da mulher: “Ninguém, Senhor.” Depois,
vem a sentença de Jesus: “Nem eu te condeno. Vai e não
estragues a tua vida.”
2.O gesto astucioso e libertador de Jesus não é
um caso errático na sua intervenção. Estava
inscrito no seu programa inaugural. Conta
S. Lucas que Jesus, depois de uma noite de
oração na montanha, escolheu os apóstolos
e tentou fazer-lhes entender que eles não constituíam
uma elite privilegiada na Igreja, mas um serviço de todos,
no meio de todos: “Descendo com eles, deteve-se
num sítio plano, juntamente com numerosos discípulos
e uma grande multidão de toda a Aldeia, de Jerusalém e
do litoral de Tiro e de Sídon, que acorrera para o ouvir
e ser curada dos seus males. Os que eram atormentados
por espíritos malignos fi cavam curados; e toda a multidão
procurava tocar-lhe, pois emanava dele uma energia que
a todos curava” (Lc 6, 12-19).
Não era magia nem culto dos milagres. Era, pura e
simplesmente, a restituição da dignidade humana, a
busca de uma nova luz e de um novo impulso para viver.
De facto, logo a seguir vem a proclamação das “bemaventuranças”,
uma radical alteração de valores que
coloca a felicidade onde se costuma ver, apenas, a pouca
sorte. Felizes não são os avaliados pelo dinheiro, pela
posição social, pelo poder que detêm. Felizes são os que
acreditam que a última palavra não pertence à pobreza,
à fome, à doença, à tristeza. Jesus recusa o destino
e abre uma brecha de libertação no interior da história
humana, através da conversão do desejo. A felicidade
não está em ter ou não ter, mas em desejar o que realiza
o ser humano como relação com o Absoluto e com os
outros. É a morte do narcisismo.
3.A “regra de ouro” de várias culturas e sabedorias
é expressa em termos negativos: “Não
faças aos outros o que não desejas que te façam
a ti.” No Evangelho é formulada de modo
positivo: “Faz aos outros o que gostarias que
eles te fi zessem.” A “regra de ouro”, tanto na sua forma
negativa como positiva, move-se, apesar de tudo, na área
da justiça, da equivalência, da reciprocidade. Não ultrapassa
o interesse, não atinge a gratuidade. Paul Ricoeur
(1), numa célebre conferência ao receber o Prémio Leopold
Lucas, procurou lançar uma ponte entre a poética
do amor e a prosa da justiça, entre o hino e a regra. Encontrou
esse caminho no próprio texto de S. Lucas (Lc
6, 27-38) porque este juntou à “regra de ouro” – desejo
de reciprocidade – o amor dos inimigos, amor da pura
gratuidade, donde nenhuma recompensa se espera. Neste
caso, entra-se na economia do puro dom que excede
todas as dimensões da ética: “Se amais aqueles que vos
amam, se fazeis bem àqueles que vos fazem bem, o que
há de especial nisso?”
O amor de pura gratuidade situa-se na órbita do divino.
Deus não cria nem refaz o mundo por carência afectiva,
por desejo de reciprocidade, mas porque é amor-agapê,
dom sem expectativa de retorno. Deus não faz negócio
com os seus dons. É por
isso que o amor dos inimigos
é divino, é o divino em
humanidade. Quem faz o
bem sem olhar a quem, seja
amigo ou inimigo, saibao
ou não, vem da zona de
Deus com a alma transfi -
gurada.
No Novo Testamento, há
parábolas carregadas com
esta energia misteriosa: a
do chamado bom samaritano
(Lc 10, 29-37) e aquela correntemente designada
por juízo fi nal (Mt 25, 31-46), onde a história de cada um
depende da forma como tratou o outro, atingindo o absoluto
no que há de mais relativo no quotidiano, socorrendo
aqueles que precisam só porque precisam.
S. Francisco de Assis é sempre apontado como o grande
poeta cristão. Há outros, mas o maior de todos é português:
S. João de Deus. Cada um descubra porquê.
(1) Paul Ricoeur, Amour et justice, Points, Paris, 2008.
In Público de 21.03.2010
Pe Anselmo Borges
In DN de 19.03.2010
RELIGIÃO E SAÚDE
Kant alinhou as tarefas fundamentais da Filosofia: "O que posso saber?", "O que devo fazer?", "O que é que me é permitido esperar?" No fundo, elas reduzem-se a uma quarta pergunta, para a qual remetem: "O que é o Homem?"
Segundo Kant, precisamente à terceira pergunta responde a religião, o que significa que, para ele, o que a determina é a esperança de salvação, felicidade, consolação, sentido último. Deus "deve" moralmente existir - é um postulado da razão prática -, para que se dê a harmonia entre o dever cumprido e a felicidade.
Claro que é sempre possível perguntar se realmente a religião consola e como. Para viver a religião verdadeira, é preciso estar disposto a sacrificar-se pela dignidade, pela justiça, pela verdade: pense-se, por exemplo, na cruz de Cristo. E está sempre presente a ameaça de projecção e ilusão, como denunciaram os "mestres da suspeita". De qualquer forma, não há dúvida de que a religião tem a ver com felicidade e sentido último.
Há hoje inclusivamente estudos que mostram uma relação globalmente positiva entre a religião e a saúde - note-se que, significativamente, o étimo latino de saúde e salvação é o mesmo: salus, salutis, em conexão com saudar e saudade: salutem dare. Ao contrário de R. Dawkins, que supõe que é largamente aceite pela comunidade científica que a religião prejudica os indivíduos, reduzindo o seu potencial de saúde e sobrevivência, Mario Beauregard, investigador de neurociências na Universidade de Montréal, escreve que se acumulam provas consideráveis que mostram que as experiências religiosas, espirituais e/ou místicas "estão associadas a melhor saúde física e mental".
No quadro da "medicina psicossomática", é sabido hoje, por exemplo, que o stress ou a solidão podem contribuir para aumentar a tensão arterial. Foi assim que se começou a estudar também a fisiologia da meditação para compreender a influência do espírito sobre o corpo. Na sua obra The Spiritual Brain, Beauregard cita 158 estudos médicos sobre o efeito da religião na saúde, concluindo que 77% fazem menção de um efeito clínico positivo. Um estudo mostrou que os "adultos mais idosos que participam em actividades religiosas pessoais antes do aparecimento dos primeiros sinais de handicap nas actividades do quotidiano têm mais esperança de vida do que os que o não fazem".
Há também dados que mostram o desejo dos doentes de que os médicos conheçam as suas crenças religiosas e que as tenham em conta. Falar sobre o assunto pode aumentar a compreensão médico-doente. Por outro lado, uma sondagem junto de 1100 médicos americanos mostrou que 55% estavam de acordo com a afirmação: "As minhas crenças religiosas influenciam a minha prática da medicina."
No seu novo livro, How God Changes your Brain (Como muda Deus o teu cérebro), o neurologista Andrew Newberg mostra, através da ressonância magnética nuclear funcional, que a medi- tação e a oração intensas alteram a massa cinzenta, reforçando as zonas que concentram a mente e alimentam a compaixão; também acalmam o medo e a ira. "A religião e a ciência são as duas forças mais poderosas em toda a história humana. São as duas coisas que nos ajudam a organizar e a entender o nosso mundo. Porque não procurar uni-las?"
Note-se, porém, que os efeitos não são sempre positivos. É fundamental a imagem que se tem da entidade superior, benevolente ou malévola. Beauregard refere um estudo que mostra que os idosos e doentes corriam maior risco de morrer, se tivessem "uma relação conflituosa com as suas crenças religiosas".
Por outro lado, os ateus dirão que precisamente a imagiologia cerebral das pessoas mergulhadas na oração é a prova de que a fé é uma ilusão, pois apenas mostra o que se passa no cérebro. Responde Newberg: "Pode ser que seja só o cérebro a fazê-lo, mas também poderia ser o cérebro recebendo o fenómeno espiritual", acrescentando: "Eu não digo que a religião seja má ou não real. O que digo é que as pessoas são religiosas e procuramos saber como isso as afecta."
Sons de uma tarde de Domingo, recolhidos na Matriz de Mação, editados em Lisboa, a pensar no Concerto em....Évora, a 8 de Maio, pelas 16 horas, na Sé Patriarcal.
Uma semana mais, intensificando a preparação de EM ÉVORA SÊ ROMANO,PERDÃO, ALENTEJANO.
As 15horas no Templo Romano, as 16 na Sé e as 18 no Hotel D.Fernando.
Obrigado, Carlos Ganho, pelos trabalhos em que me meteu!
antónio colaço
UMA PARÁBOLA DOCEMENTE INQUIETANTE
A minha eritrina voltou a sorrir.
Estou de volta nos primaveris rebentos com que te dou os bons dias.Estás triste, eu sei,mas como eu, vivendo neste caule envelhecido, acredita em novas Alegrias.
Eu sou a tua Ajuda, o teu Palácio, nesta manhã. Vem, escolhe continuar a viver, escolhe continuar a sorrir.
Olha para este guindaste, pega nele, há Tanto para continuar a Construir..
antónio colaço