A passar no km 58.5, A1,sentido Norte Sul,saída para o Cartaxo. Em 11 de Setembro de 2010,podia ter ficado aqui tal o excesso de velocidade e a violência do despiste para me desviar de um resto de triângulo de sinalização abandonado na via....
Naquele início de quase noite eu tinha 58 anos e meio... Este km 58.50 devolveu-me uma segunda oportunidade. Sempre que aqui passo e encaro de frente o rasto que ainda resta,quase me sinto de rastos. Levanto o meu rosto e agradeço.
De passagem pela Tristão Vaz, um pouco triste pela seca que quase ia levando os meus girassóis. Só de verem e beberem um pouco de água, voltaram a sorrir.
Obrigado.
11 de Setembro....quase.
Rua Tristão Vaz e Moinhos de Santana.Restelo.
O cerco.
- Que fazes entre nós, velho moinho, destoando-nos os dias?
- Mas....eu já cá estava andas de aparecerem e agora as minhas velas já não f<em moer as minhas mós porque a vossa desmesurada ambição cortou a rota dos ventos....
- Estávamos a brincar contigo, adoramos a tua presença, mesmo que sem a tua farinha o pão que comemos tem, apesar de tudo, outro sabor. Reconhecemos o teu secular labor.
Alto do Restelo
RÁ(D)IOS AS PARTAM ... ÀS AUDIÊNCIAS!
No IPO (rotina) a contar aviões como se de gaivotas se tratassem...
Vinha do Amorim Lopes, Ventosa, Mação.Um destes dias.
Isto não se faz, Amorim!
Era lá na tua formosa vinha que eu gostava de ter amanhecido contigo a acariciares as tuas ainda orvalhadas uvas.
E que sensuais que elas se apresentam a quem por ali passa convidando-nos para que as saboreemos nas tuas tantas e solidárias taças.
Sinto-me cada vez mais desenraizado e sem Pátria, meu caro Amorim. Não é tanto porque em Abrantes, Mação, e, em breve, também Lisboa, ninguém mais se lembre de mim. É não ter ainda percebido que só nos tornamos memória se, de todo, deixarmos de continuar a fazer história. Aquela do "quem não aparece, esquece", "tás a ver"?!
Vale das Árvores.Uma das minhas mais generosas videiras moscatel.
Dizias-me, há dias, que já não "ligas ao Mação!".
Como outros amigos que "já não ligas a Abrantes" e por aí adiante.
Deixa lá, um destes dias afogo as mágoas de sexagenário principiante no revigorante sumo das tuas uvas e ver-me-ás, de novo, a arregaçar as mangas, a deixar de lado as aparentes luvas com que pareço evitar meter o "agulhão" no quotidiano (obrigado, Vitor Alexandre ) . Obrigado.
As férias acabaram ou estão a acabar, é tempo de regressar ao quotidiano.
Para quem ainda não se inscreveu para o nosso Encontro no dia 08 de Setembro em Fátima, ainda está a tempo de o fazer até ao dia 31.
Por questão de logistica, se já decidiste estar presente, diz quantas pessoas vêm contigo, responde a este email, ou pelo telefone 919517264 (Ant.Joaquim).
Ao chegarmos ao inicio de Julho, como sempre, começamos a pensar a sério na organização do nosso encontro de Setembro.
Por isso, pela presente, convidamos todos os companheiros e familiares para o 16º Encontro Nacionala realizar no dia8 de Setembro de 2012, na Casa dos Capuchinhos em Fátima, sita na Av. Beato Nuno, nº 405.
Se ainda não vieste nenhuma vez, motiva-te a marcar presença. Rever os que foram nossos companheiros é motivo mais que suficiente para te fazeres ao caminho. Aparece e verás como é este convívio sadio e alegre, que se repete já pela 16ª vez, ininterruptamente.
Inscreve-te, o mais depressa que puderes USANDO OS MEIOS HABITUAIS e constantes nesta Carta Circular ou na FICHA DE INSCRIÇÃO.
As inscrições terminam no dia 31 de Agosto.
O programa previsto terá a seguinte ordem:
Sábado – dia 8 de Setembro
10,00 – Acolhimento na Portaria da Casa / Peregrinos
10,30 - Convívio com os colegas...
Jardim Bíblico - Lado direito da Casa
12,00 – Celebração da Eucaristia, no Salão
13,00 – Almoço Refeitório
15,00 – Reunião Antigos Alunos, no Salão
Visionamento de Vídeos – retrospetivos…
Assuntos Interesse / próximo encontro.
17,00 – Lanche e despedida.
NB/ Segue, ainda, a habitual FICHA DE INSCRIÇÃO, que servirá também para corrigir ou alterar algum dado.
Devolve-a ao remetente pelo correio ou por via Fax, depois de devidamente preenchida nos campos pertinentes.
Os Contactos telefónicos ou envio via Fax devem ser feitos exclusivamente para o Seminário ou para os contactos indicados na Ficha de Inscrição.
Era uma vez um guru que todas as noites fazia meditação com os seus discípulos. Um dia, um gato entrou na sala e, correndo por todo o lado, perturbou a meditação. O guru ordenou então que se prendesse o gato fora, durante a hora da meditação. Deste modo, todos puderam meditar sem serem importunados. O tempo passou. O guru morreu e foi substituído por outro guru, que tudo fez para que se respeitasse estritamente a tradição, dizendo, entre outras coisas, que era necessário prender um gato fora, durante a hora da meditação. Quando também o gato morreu, procurou-se outro, para prendê-lo fora, durante a hora da meditação. Uma vez que as pessoas não compreendiam o sentido desta medida, apelou-se a teólogos, que escreveram dois grossos volumes cheios de notas sobre a necessidade sagrada de se ter um gato preso fora, durante a meditação da noite. O tempo passou, a meditação caiu fora de uso, já ninguém se interessava por ela. Mas, para respeitar o rito, continuou-se a prender um gato."
Aí está uma bela estória, contada pelo teólogo indiano Francis X. D'Sa, que diz bem como tantos costumes e leis, mas sobretudo a religião, se podem tornar vazios de sentido, sem qualquer conteúdo.
De tal modo Jesus atacou a religião meramente formal, ritualista, que poderia bem ser o autor desta estória. Verberou de modo cru a hipocrisia: "Ai de vós, hipócritas, que devorais as casas das viúvas, com o pretexto de prolongadas orações! Ai de vós, hipócritas, porque pagais o dízimo da hortelã, do funcho e do cominho e desprezais o mais importante da Lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade! Ai de vós, hipócritas, porque limpais o exterior do copo e do prato, quando por dentro estão cheios de rapina e iniquidade! Ai de vós, hipócritas, porque sois semelhantes a sepulcros caiados: formosos por fora, mas, por dentro, cheios de ossos de mortos e de toda a espécie de imundície!" E não foi ele que pronunciou a afirmação mais revolucionária na história das religiões: "o Homem não foi feito para o Sábado, mas o Sábado para o Homem", significando deste modo que o critério último de validade de todas as leis, mesmo das leis de Deus, é o serviço ao Homem, a todos os seres humanos, na sua dignidade?
Há 50 anos, precisamente em Julho de 1962, quando um calor sufocante fazia transpirar os cardeais nas comissões de trabalho conciliares - estava-se na preparação do Concílio Vaticano II -, o Papa João XXIII começou a distanciar-se de alguns esboços preliminares. Conta Juan Masiá, citando o biógrafo dos Papas, P. Hebblethwaite: Um dia o bom Papa João "mediu uma página com a sua régua e disse: 'Quinze centímetros de condenações e apenas dois centímetros de louvor. Porventura é este o modo de dialogar com o mundo contemporâneo?
"Coube ao cardeal Montini (depois, Papa Paulo VI) a tarefa de fazer compreender este ponto, na reunião final da Comissão Central. Os anátemas e as condenações, disse Montini, não são a resposta para os erros contemporâneos. No mundo moderno, os remédios contra os erros são a misericórdia, a caridade e o testemunho de vida cristã.
COMENTÁRIO
Os gatos sempre foram o meu bicho de estimação, desde que me conheço.
É verdade que a Micas, a actual gata, tem momentos de pequenas e traiçoeiras arranhadelas mas, em regra, sempre me transmitiram serenidade.
A meditação que concebo e a que tanto desejo chegar - para além de pequenos vislumbres - nunca poderá ser perturbada por nenhum gato, leia-se ruído deste mundo.
De facto, ela remete-nos para o Verdadeiro mundo do Ser onde ruído ou distracção mais não são do que formas com as quais já nada temos a ver tão profundamente estamos em meditação.
Apetecia-me, sim, invadir os pequenos Vaticanos de todas as mais anti evangélicas decisões com milhares de gatos dispostos a alguns "caridosos" arranhões que obrigassem a esquecida hierarquia a tomar as verdadeiras, "misericordiosas, caridosas e testemunhantes" decisões.
VATICANO III JÁ, PARA OUVIR A NOSSA VOZ.A IGREJA SOMOS NÓS!
Feijão Mole,feijão verde aos bocados, pedaços de cabaça, enchidos de Mação ( O Alberto, passe a publicidade), um tinto de Cardigos (obrigado, Jú)e eis a Eternidade à mesa!
A sair do almoço da "Sopa de Feijão Mole"! Obrigado, primos Maria de Lurdes e Carlos Diogo, por insistirem nesta tradição das nossas férias de Verão! Ainda se discute que a Eternidade,afinal,...
começa, no aqui e agora dos dias! Critérios de agora,sim,mas de gente que traz a Eternidade marcada nos mais recônditos genes. Bem aventurado o tinto do meu querido amigo cardiguense Jú (Francisco Martins, alô, Maria Cecília André,sempre mais atenta!) que nos abriu a porta para percebermos de que dias se fazem os Eternos Dias. Perdemos tanto tempo a ler o Livro das Eternas Instruções com que o Criador nos dotou! Sim, é possível admitiir uma Eternidade sem Dimple, sem tinto, sem as apaixonadas e avinhadas conversas, sem os costumeiros prazeres que nos obssecam os dias. Somos nós, aqui, totalmente desprotegidos, sem referências dos nossos mais queridos que por Lá já se encontram ( uma Eternidade admite ela mesma esta formulação? Um "lá"?!) a persistir nesta terrível adivinhação. Seja. A Eternidade que eu quero, que eu sinto, é esta que me percorre todo através deste absinto. Acho mesmo que já demos um grande passo em perceber o erro crasso de termos sido educados no temor de um Deus temor à espera da nossa chegada para nos aplicar a reguada. Quero, então, investir o tempo que me resta a preparar o meu Encontro com o Deus Amor que me espera para fazer a FESTA! O Deus que me vai receber de braços abertos: Vem, ainda bem que chegas com os olhos bem abertos.Podia lá ser que depois da bíblica canseira andei com a criativa trabalheira de vos pregar uma rasteira?!
A Eternidade pode morar no cremoso arroz doce da minha Maria.
Vinde, sentai-vos à minha direita, à minha esquerda, é-me indiferente porque, afinal, vós sois o meu Centro, vós sois a Minha Gente! Abençoada Sopa de Feijão Mole que nos tornou a Alma um pouco menos...dura. antónio colaço
Quase a chegar ao Vale das Árvores, uma pausa na caminhada para um inesperado pequeno almoço que me oferece uma pequena figueira abandonada. Abandonei-me ao ancestral sabor dos figos de capa rota,ainda maresiados,e vou com energia redobrada dar cabo dos sinais que restam do temporário abandono a que a minha própria horta foi votada. Ai Portugal,Portugal, se todos pusessemos os contadores a.....zero não haveria dívidas soberanas que nos fizessem sentir abandonados, pedindo de troika em troika o pão para a boca que teríamos para dar e vender matando,quem sabe,uma outra Fome daqueles que, agora, nos fazem sofrer.
Nesta manhã,esta figueira,que nunca será título de jornal ou abertura de telejornal, ensinou-me mais que todas as lusófonas juntas: ela só pede,"juntem-se a mim e a toda a imensa e abandonada natureza que me rodeia e verão como vos concederemos de bom grado a equivalência a uma desafogada,honrada e feliz sobrevivência". Obrigado
NA ROTA DOS TANQUES DE CARDIGOS
Por aqueles encalorados dias de Agosto a rapaziada do Quintal da Estrada, em Cardigos, partia em animada algazarra para refrescar os adolescentes corpos. Hei-de, um destes dias, ir em peregrinação a esses lugares de refrigério onde, para além da água com que nos banhávamos, muitos de nós deram os primeiros passos na compreensão do que em nós era a adolescente fervilhação e seus tantos mistérios. "Hoje vamos para o tanque do sr Alexandre (em regra uma água quase calda branca da tanta roupa ali lavada!Mas que importava se o calor apertava!).Não,vamos antes para o do Jaquim Mata (o maior mas onde alguém ensanguentou um pé em pública e notada dor!).E se fossemos antes para o da Lameirancha" (ignoro o nome,mas,seguramente,o mais marcante!).
Todo esse tempo de refrescante aventura posso, afortunadamente, nos dias de hoje, evocar: aqui está,recuperada,uma velha nora e o pequeno tanque onde me reencontro PARA SEMPRE e onde não perco NADA.
O QUE ME VALE É O VALE
Limpando algumas encorpadas canas da Índia, do meu populoso canavial (uau!) para alindar a cerca da entrada no Vale, amanhã!
QUEM NÃO TRABUCA NÃO FACEBOOKA
Ou,de como enquanto se trabuca não se facebooka! Ou, trabalhar é preciso, facebookar não é preciso...mas eu preciso!!!
Isto está mesmo a precisar é de......
Paira um incenso de sardinha e pimentos assados no ar. O Vale prepara-se para a celebração mais desejada. Toca a almoçar! Sirvam-se
Em plena mesa de edição descubro este grande plano, nada "fabricado" e que demonstra o continuado apego ao trabalho depois de uma repousante sesta a digerir as sardinhas mais frescas da temporada!! Acho que vou enviar ao meu querido amigo Jerónimo Sousa ( Anabela Teixeira da Cunha, trata-me disto!!!) esta minha tardia prova de militância com a minha querida e sempre pronta....foicezinha!!!
reirenses em animar as estreitinhas ruas desta típica aldeia do Pereiro, concelho de Mação, e que no próximo fim-de-semana leva por diante mais uma edição das Festas da Senhora da Saúde. Ruas estreitas, sim,mas de vistas largas para o mundo que aqui vai cair em peso! Um conselho para quem adora aromas: não percam a Procissão de Domingo.Para além das ruas decoradas com flores artificiais (pelo que acabámos de ver este ano há arranjos extraordinários!), os pereirenses desencantam, vindos de todas as suas hortas e jardins, os mais incríveis aromas com que atapetam as ruas e nos surpreendem ao passar.Desde folhas de hortensias, alecrim, murta, rosmaninho, e muitas outras cujo nome ignoramos!
O relógio da Igreja da Senhora da Saúde, há instantes.
De facto, Festas é no Pereiro e os seus habitantes só podem ser gente que põe o nome da terra em primeiro. Terão desavenças, malquerenças como em qualquer lugar mas na hora de de partilhar esforços e criatividade, toca a ultrapassar, toca, numa palavra, a CRIAR! Por isso esta gente é tão CRIACTIVA! Sim, leram bem: C-R-I-A-C-T-I-V-A! antónio colaço
Pedimos desculpa por esta interrupção mas o apelo destas águas é mais forte! Dêem banho aos vossos encalorados olhos!!! (Mauziiiiinho!!!Ó balha-me Deus..zz..zz)
MICAS E A SESTA NA CESTA
Enquanto ganho coragem para me fazer ao caminho das frescas águas do Vale, nesta encalorada tarde de Agosto -provavelmente um dos dias mais quentes por estas bandas de Mação - Micas, a minha gata loura, mas não burra, assenhoreou-se de um açafate da fruta e ei-la dormindo a bom dormir numa vigilância só perturbada por algum exagerado e qwértico tricotar de emoções.