Boa tarde Amigo
Saudações Franciscanas
Venho em nome dos Antigos Alunos Capuchinhos (AAC),
agradecer a vossa presença, a ajuda e a paciência que tiveram com a comissão.
O nosso encontro, correu com naturalidade, este ano o numero de antigos alunos e o total de pessoas, foi equivalente ao ano anterior. Não são sempre os mesmos o que é bom sinal.
Aguardamos o novo ano com expectativa. (Fátima 6/9/2014).
Como repararam o esquema do encontro foi igual aos anos anteriores.
Estamos a pensar fazer a sessão da tarde no Jardim Bíblico, em vez do salão, que te parece?
Se tiveres alguma ideia para se alterar no próximo ano, diz de tua justiça.
Abraço
António Joaquim
DIGO CARDIGOS
Há uma passagem dos Evangelhos que me fascina sempre que nela tropeço, ou antes, sempre que tropeço em ocasiões que de alguma forma a ela se aproximam. Um dia foram dizer ao Mestre “ estão lá fora Tua Mãe e teus irmãos, querem falar contigo!”
E o Mestre, para escândalo geral – gostava de ter assistido à reacção de Maria, a Mãe da disponibilidade sem reservas - ter-lhes-á respondido, “minha Mãe e meus irmãos são todos aqueles que seguem a minha Palavra!”.
Longe de mim qualquer aproximação a uma realidade que me está inacessível mas, não raro, costumo deixar confundidos alguns amigos que me perguntam “mas afinal de onde é que tu és?!”
Pois bem, ao contrário do Mestre, eis aqui a minha gente, a minha inseparável tribo.
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Pude, neste Verão, responder ao convite do meu querido amigo Jú Martins para uma participadíssima sardinhada na sua casa, em Cardigos, com uma extraordinária vista para a serra do Bando, por detrás da qual fica, em Mação, a casa do bisavô Luís.
Apesar do pouco tempo disponível, naquela tarde – quisera ficar ali para sempre, como que a querer “agarrar o tempo” – foi possível sentir-me rodeado pelos amigos com quem partilhei as primeiras descobertas do corpo e da alma (Cardigos foi considerada na Diocese de Portalegre e Castelo Branco, durante muitos anos, a freguesia de maior participação cristã e foi lá que surgiu a sacerdotal vocação…), com quem andei às bofetadas, com quem disputei namoradas, com quem aprendi a arte das “récitas” cantadas, com quem, numa palavra, depois de deixar o seminário, aprendi a entrar pelas estonteantes noites da então desconhecida Lisboa à procura de mim, muitas vezes à toa, mas sempre acarinhado e reconfortado por esta gente boa.
Obrigado, Jú – e também à tua amada Cilita - por este pedacinho de céu na NOSSA terra e de me fazeres sentir daqui, mesmo que nunca tenha deixado de me sentir de TODOS os outros lugares, fazendo-me estar tão próximo, tão por dentro da vida daqueles de quem, creio, nunca me afastei em nenhum momento.
Obrigado, Tozé Cruz, António Gil, José Luís Mateus, José Luis Silva e Celestino Cardoso.
Na nossa memória todos os outros que, ou já não podendo estar – querido Zé Mário Tavares, nosso patrono, grande abraço – ou porque não puderam participar, Joaquim Manel e tantos outros, de quem nunca me irei separar.
Tudo porque quero continuar a DIZER CARDIGOS!
antónio colaço
PS
Crónica hoje enviada para o mensário Voz da Minha Terra.Antecipo, deliberadamente, a sua publicação, ao contrário do que é costume.Porque sim.Obrigado.
Cilita, para os amigos, Cecília André, a espoa de Francisco Martins, o nosso muito estimado Jú, ao centro, de pé, sorrindo!!!
Obrigado, pela canseira!
O sr.Tonito do Café. Com ele, os primeiros capilés, as primeiras cervejolas. Um amigo, por vezes, confidente.Sempre sorridente!Que bom este reencontro!
A rota das minhas noras passa, decisivamente, por esta, belissimamente recuperada.
A despedida.A torre da velha Matriz ( quer dizer, depois da criminosa destruição da velhinha Matriz que deu origem a um dos mais significativos e primeiros atentados ao património, em Cardigos, como noutras deslumbradas mentes de outras aldeias!
Em frente, a padaria onde o meu saudoso Pai tantas madrugadas passou para que não nos faltasse o pão fresco pela manhã.
Ainda por aqui passei umas madrugadas para tentar aprender com que força aquelas massas eram amassadas!
O meu robalo no capote, se calhar, aprendeu aqui o mote!!!
Obrigado, uma vez mais, Jú e Cilita, por este privilegiado momento em que me senti PERTO DO PRINCÍPIO!!
antónio colaço
Não foram fáceis estes seis minutos de uma conversa, que quereríamos mais serena, para celebrar os 45 anos da nossa entrada no Noviciado em Barcelos.
Desde logo, sem a presença de alguns elementos do Grupo.
No auditório, esperavam-nos os restantes colegas e o nosso querido António Joaquim, inflexível, mais acelerou a função.
Mesmo assim, acho que valeu a pena e nenhuma palavra adiantamos para que nada se perca de tudo quanto ali se disse.
Um obrigado ao Frei Arantes, nosso último Director no Ameal, antes de rumarmos ao Convento de Barcelos.
antónio colaço
agostinho vaz
joaquim afonso
agostinho mendes
Os estômagos reconfortados - às vezes comemos mais no prato das memórias - lá descemos, como de costume, até ao auditório.
Foi um desfilar de histórias.
Um Tabor de memórias.
Mas também um apelo à solidariedade perante a actual história.
Timor, desde logo. Frei Pojeira com o coração entre Fátima e Dili.
Num outro espaço dedicar-nos-emos a trocar por miúdos, como poderemos ajudar os miúdos e mais graúdos de Timor.
antónio colaço
E até 6 de Setembro de 2014, novamente em Fátima!
Obrigado, António Joaquim!
Pim!
S.Francisco.Autoria:Júlia Ramalho.
antónio colaço
E lá nos fomos, então, para o repasto.
Um obrigado a todos e todas, na pessoa do Frei Manuel Rito, Superior do Convento de Fatima, que tornaram possível este matar de uma fome outra, qual seja, a de nos alimentarmos das tantas histórias por contar.
antónio colaço
Uma pausa para as actividades que nos solicitam!!!!
Voltamos mais tarde com o resto das imagens do almoço, convívio e....com uma "viagem até Barcelos", 45 anos depois, acompanhados por Frei Manuel Arantes!!!!
Não percas um vídeo singular!!!
Ah!Entretanto, sempre podes voltar a ouvir esse grande artista, pago a peso de ouro, e que fomos buscar ao Scala de Milão, Artur Belezzzzzzzza!!
Aqui mais abaixo!!!
Mais logo!!!!
antónio colaço
Como diz Frei António Martins, o nosso querido Provincial, ele mesmo antigo aluno, e que faz questão de estar sempre presente connosco ( como todos os que o antecederam neste lugar de serviço, diga-se), na revistinha RECORDAR É VIVER,"animados pelo Espírito "sejamos testemunhos da esperança"!
Sejamos luzeiros a encaminhar e a acompanhar os outros no seu viver quotidiano.Temos que apostar na proximidade e na solidariedade que nos leve a sintonizar com os outros".
Depois dos primeiros abraços, do abraço eucarístico da Paz, vamos conviver e dar de comer à fome que o Irmão Corpo traz!
antónio colaço
Uma pequena legenda, apenas, para saudar o regressado de Timor, Frei António Pojeira, um dos animadores, desde a primeira hora, com Frei César, reconheça-se, destes encontros.
Está a falar com o Bento que o escriba de serviço ainda não tinha reconhecido e só irá reconhecer, tantos séculos depois, quase no abraço da despedida!!!!
Essa é uma saborosa história a que vamos regressar pois define a química do valor histórico e afectivo destes reencontros que cada um vive à sua maneira, claro!
É assim quase todos os anos, Setembro a despontar:aparecemo-nos.
Temos vontade de nos reencontrarmos.
De repetir histórias à saciedade. Como que a querer "agarrar o tempo", não para corrigir nada, apenas para olhar com outros olhos as mesmas rotinas e ver nelas o que então se nos escapou.
Sim, é verdade, às vezes apetece demorarmo-nos por lá um pouco.
Umas vezes para saborear o que tiveram de Tabor, outras, não raro, para perceber o porquê de tanto temor.
Alguns de nós hesitam em subir as estes encontros. Dizemos, por vezes, de soslaio, que não vêm porque não conseguem "resolver" traumas que, como lapas, se lhes agarram na crosta dos dias.
É pena, porque tudo já aconteceu, sobrevivemos, e agora, uma vez por ano, ou todos os dias neste lugarzinho de encontro, podemos voltar a (re)construir, tijolo a tijolo, como o poverello em S.Damião, não uma igreja, mas um lugar em que se veja, se sinta, se apalpe a nossa eterna amizade.
Uma nova fraternidade.
Sim, capuchinha, franciscana mas onde o amor, mais do que o rótulo, emana.
Sacerdotes de um novo sacerdócio este é, afinal, o último desígnio a que voltamos a ser chamados:
-Uma vez reencontrados, cada um trilhando o seu caminho, como é bom estarmos aqui, ou, sabendo-nos alegres, menores (nunca menorizados)porque sempre disponíveis para os outros, em qualquer lado.
Que as despretensiosas imagens que seguem nos lembrem a Paz e o Bem de que tanto precisamos nos desanimados dias em que vivemos!
Louvado sejas, ó meu Senhor, pela Irmã Alegria de todos os dias.
Obrigado.
antónio colaço
É um rigoroso exclusivo.
Expressamente do Scala de Milão, senhoras e senhores, Artur Belezzzzza!!!
(Enquanto prepramos TODA a reportagem de mais um glorioso ENCONTRO de antigos alunos capuchinhos em Fátima, ontem!!!
Cremos que até a Senhora de Fátima desceu, por instantes, ao nosso Convento da Cova da Iria!!!)
Mais tarde, voltaremos para contar TUDO!!!
antónio colaço
Pelo irmão vento cuja brisa transforma em energia os nossos desencorajados dias, louvado sejas, ó meu Senhor.
A caminho de celebrar 45 anos de um Capuchinho Noviciado, de Pobreza, Obediência e Castidade.
Porque sim.
Obrigado.