De Cristelo a Toronto no Canadá.
Olá Colaço. Olá amigos.
Agora é que vão ser só as 5 linhas, pois não há tempo para mais.
Vou responder à chamada. Fotografei os presépios que mais me chamaram a atençâo. São muitas as fotografias, mas tenho a certeza que o Editor irá escolher as mais apropriadas.
Penso todos irão ficar deslumbrados com o Presépio de S. Francisco de Assis, da Paróquia Italiana de Toronto. Este presépio, tem todos os anos a honra de ser manchete nas estações de TelevisãoCanadianas. Deste lado do Atlântico, um abraço para todos vós, com
Votos de um Próspero 2009
J.Casais
NOTA
J.Casais, uma vez mais! Do Casaquistão a Toronto com passagem pela querida terrinha, Cristelo, que dizer mais senão um imeeeeeeeeeeeenso Muito obrigado!
Não se esqueçam, hoje, às 18.30, RTP2!
ac
PARA VERMOS E OUVIRMOS
FREI LOPES MORGADO
FALAR E MOSTRAR
O MUSEU DO PRESÉPIO
A PARTIR DE FÁTIMA!
E ainda,no próximo domingo, dia
da Epifania,na TVI
no programa 8ª HORA,
depois da Missa Dominical!
Subversão da família?28/12/2008 Frei Bento Domingues O.P.
A família tende a ser a instituição da reprodução. Jesus não vem para reproduzir o mundo, mas para o transformar
1.Os jornalistas não gozam de grande prestígio. Diz-se, com alguma ligeireza, que são superficiais, sem preocupações com o rigor. Nesta acusação, oculta-se, muitas vezes, o desejo de os encontrar a defender os nossos pontos de vista e exige-se aos meios de comunicação o que não podem dar. Notícias ou comentários de circunstância não são teses de doutoramento.
Raros são os jornalistas especializados no fenómeno religioso. Já Hegel se queixava de que o pensamento não quer arriscar-se a estudar seriamente a religião, mas aventura-se em terrenos que conhece mal. Por vezes, dois dedos de conversa com pessoas religiosas ou anti-religiosas bastam para percorrer séculos de história e abranger os mundos culturais mais diversos. Considerações e reportagens sobre as festas do Natal, da Páscoa e dos acontecimentos das Igrejas - às vezes com incursões no âmbito das religiões comparadas - não deviam ganhar em ser entregues à improvisação.
Ainda é cedo para fazer o balanço das produções em torno do Natal de 2008, mas é fácil ver a diferença entre as peças da revista Sábado e da Única (Expresso). Le Point (Hors-série) convocou um conjunto de especialistas para um dossier sobre "Jésus". É uma obra-prima de seriedade.
2.Celebra-se, hoje, na liturgia católica, a "Sagrada Família de Jesus, Maria e José". Parece uma festa redundante em relação ao Natal. Os textos não trazem grande novidade: inscrevem Jesus numa família judaica, de há dois mil anos, e nas suas práticas rituais obrigatórias (circuncisão do Menino e purificação da Mãe). É previsível que, nas igrejas, seja usada para multiplicar as lamentações acerca da crise actual da família, esquecendo as razões da crise essencial provocada pelo próprio Jesus. Importa destacar as razões dos conflitos declarados entre Jesus e a sua família de sangue, durante a sua intervenção pública. As narrativas evangélicas, sobretudo de Marcos e João, não podem ser mais claras, ásperas e desagradáveis, quanto ao profundo desentendimento que dividiu a família de Nazaré: "Tendo Jesus chegado a casa, de novo a multidão acorreu, de tal maneira que nem podiam comer. E quando os seus familiares ouviram isto, saíram a ter mão nele, pois diziam: 'Está fora de si!'" (Mc 3, 20-35). Como dizia S. João, nem sequer os seus irmãos acreditavam nele (Jo 7, 5).
Os doutores da Lei iam mais longe: "Ele tem Diabo (Beelzebu)! É pelo chefe dos demónios que expulsa os demónios."
Esta acusação será repetida noutras passagens do Novo Testamento. Será sempre recebida por Jesus como uma cegueira daqueles que deviam ser peritos na interpretação das Escrituras e da novidade dos sinais dos tempos.
A oposição da família é mais compreensível. A sua família de sangue, como qualquer outra, queria que um seu membro lhe desse prestígio, honra, glória e perpetuasse a sua descendência. Jesus, pelo contrário, nunca mostrou interesse nenhum em repetir esse modelo tradicional. Os seus familiares não conseguiam perceber o que é que Jesus pretendia com a sua pregação, com as suas curas, com o ataque contínuo às observâncias mais sagradas do judaísmo, baseadas na distinção entre puro e impuro na alimentação, nos comportamentos sociais e religiosos, sobretudo, em torno da absoluta sacralização do sábado. É evidente que Jesus era judeu e que actuava no interior dessa religião e dessa cultura. Tinha, no entanto, empreendido, como seu comportamento - interpretado como diabólico - uma revolução cultural e religiosa. Não o preocupava a observância ou não observância de lugares ou tempos sagrados. Sagrada era a condição humana, fosse de quem fosse.
Uma ilustração gráfica desta situação é apresentada pela continuação da narrativa de Marcos: "Nisto chegam sua mãe e seus irmãos que, ficando do lado de fora, o mandam chamar. A multidão estava sentada em volta dele, quando lhe disseram: 'Estão lá fora a tua mãe e os teus irmãos que te procuram.' Ele respondeu: 'Quem são minha mãe e meus irmãos?' E, percorrendo com o olhar os que estavam sentados à volta dele, disse: 'Aí estão minha mãe e meus irmãos. Aquele que fizer a vontade de Deus, esse é que é meu irmão, minha irmã e minha mãe.'"
nota
Mais um fabuloso webangelho a que queremos voltar mais tarde.ac
DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM
Anselmo BorgesPadre e professor de Filosofia
Há 60 anos, exactamente no dia 10 de Dezembro de 1948, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou em Paris a Declaração Universal dos Direitos do Homem.
Havia precedentes. Por exemplo, a famosa Charta Magna libertatum - a Magna Carta -, de 1215. Mas ela começa assim: "Estas são as demandas que os barões solicitam e o senhor rei concede", acabando, portanto, por abranger apenas os "homens livres".
A Declaração de Direitos (Bill of Rights) do Bom Povo de Virgínia, de 1776, já reconhecia os direitos dos indivíduos enquanto pessoas, mas não se estendia a todos, pois não incluía os negros, considerados "uma espécie inferior".
Em 1789, a Assembleia Nacional Francesa promulgou a célebre Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, mas este Homem era ainda só o varão branco e proprietário.
Na Declaração Universal dos Direitos do Homem, proclama-se, pela primeira vez, que toda a pessoa humana, independentemente do sexo, condição social, raça, religião, nacionalidade, é detentora de direitos fundamentais, que devem ser respeitados por todos, pois são universais e valem em todo o tempo e lugar.
Mas não houve consenso. Oito países abstiveram-se de votar a favor. A Arábia Saudita e o Iémen puseram em causa "a igualdade entre homens e mulheres". A África do Sul do apartheid contestou o "direito à igualdade sem distinção de nascimento ou de raça". A Polónia, a Checoslováquia, a Jugoslávia e a União Soviética, comunistas, contestaram que alguém pudesse invocar os seus direitos e liberdades "sem distinção de opinião política".
Entretanto, em 1966, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou o "Pacto Internacional de Direitos Económicos, Sociais e Culturais" e o "Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos", que, para entrarem em vigor, precisariam de ser ratificados pelo menos por 35 países membros, o que só aconteceu dez anos mais tarde.
Embora a sua violação continue uma constante, como permanentemente informa e denuncia a Amnistia Internacional, há uma consciência universal crescente dessas duas gerações de direitos - civis e políticos, e económicos e sociais -, a que veio juntar-se uma terceira geração, cujos titulares não são os indivíduos, mas os povos, como o direito ao desenvolvimento, o direito à autodeterminação, a um meio ambiente sadio, à paz.
Continua o debate sobre a sua universalidade, que J.-Fr. Paillard sintetizou nesta pergunta: "Um instrumento ideológico ao serviço do Ocidente", para impor ao resto do mundo a sua visão do bem e do mal? M. Gauchet, por exemplo, disse: "Do ponto de vista de um dirigente chinês, indiano ou árabe, os direitos do Homem são antes de mais os direitos do homem branco a exportar o modelo de civilização que os tornou inteligíveis."
No entanto, ainda recentemente - Junho de 1993 -, na Conferência das Nações Unidas sobre os Direitos do Homem, os Estados reafirmaram: "Todos os direitos do Homem são universais, indissociáveis, interdependentes e intimamente ligados." E, considerando a diversidade cultural em conexão com este universalismo, acrescentaram: "Se importa não perder de vista a importância dos particularismos nacionais e regionais e a diversidade histórica, cultural e religiosa, é dever dos Estados, seja qual for o sistema político, económico e cultural, promover e proteger todos os direitos do Homem e todas as liberdades fundamentais."
No início de um novo ano, que melhores votos que os do cumprimento pleno destes direitos?
Referindo o Preâmbulo da Declaração - "Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e dos seus direitos iguais e inalienáveis constitui o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo; considerando que o advento de um mundo em que os seres humanos sejam livres de falar, de crer, libertos do terror e da miséria, foi proclamado como a mais alta inspiração do Homem..." -, um caricaturista do El País pôs Deus a ler e a exclamar: "Que preâmbulo! Não tinha lido nada tão bom desde o Sermão da Montanha."
In, Diário de Notícias,hoje.
MATINAS
Meu querido Menino Jesus, estava muito longe de vir importunar-te este ano. Não que não goste de falar contigo, por estas alturas, e, tal como os outros, aproveitar a maré para te fazer alguns pedidos. Mas, como adulto e entradote que já sou, não quero fazer-te perder tempo tão precioso para atenderes os muitos meninos, que, como eu, há muitos anos, te importunam com os seus pedidos mais incríveis. Longe vão, portanto, os tempos em que te pedia uma viola,
Missa do Galo,ontem, no Largo da Matriz, Mação.
Gavião, 1957.
uns bonbons, um carrinho de lata e tantas outras coisas que, felizmente, sempre me deste na humilde e singela lareira da casa lá do altoalentejano Gavião. Não, não quero roubar o Teu precioso tempo, por muito que agora já saiba que o tempo para Ti não existe porque Tu és o próprio Tempo. E, se formos bem a ver, nem sequer me dirijo a Ti, porque agora já sei que Tu foste a manifestação de Deus connosco, o Emanuel prometido e a que Deus recorreu para nos fazer perceber como gostava de nós. É certo que também não te venho pedir que me ilumines um pouco mais para perceber melhor como tudo se passa no Mistério da Santíssima Trindade ou, tentando forçar a barra, queime etapas para, de uma vez por todas, entrar na Plenitude dos Céus, na Eterna contemplação de Deus, sem ter de andar a recorrer àqueles amigos que, por aqui vou dando conta, nomeadamente, aos padres Amândio, Anselmo, Frei Bento Domingues, Vitor Gonçalves, tantos, sei lá, que todos os domingos se esforçam para nos explicar o alcance da novidade que há na Palavra que há tantos anos proclamaste, Palavra, essa, que, mais não queria do que nos fazer aproximar de Deus Teu e nosso Pai.
Mas era mesmo isso que, às portas da terceira idade – meu Deus, como o tempo passa – me apetecia pedir-Te mesmo.
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Sem querer, portanto, fazer-Te perder tempo, venho pura e simplesmente pedir-te que me ajudes a ser menino, outra vez. Sim, quando for grande, perdão, quando for menino, outra vez, quero que me faças continuar a viver em Mação, sim, e que me faças olhar sempre para todas as pessoas de boa-fé. Que eu nunca me julgue superior a quem quer que seja e que acredite sempre na bondade das pessoas e, muito menos, que seja distinguido, entre todos os outros, com a possibilidade de ter um jornal ao meu dispor para denunciar por simples ironia ou estafadas figuras metafóricas, todo os meninos que, meninos como eu, vão querer atirar areia para os olhos dos outros meninos.
Menino Jesus, este ano, só por este ano, atende ao meu pedido, faz-me regressar ao tempo em que volte a acreditar que os meninos que vão crescer, como eu, vão preocupar-se sempre e só com o bem-estar dos outros meninos e não apenas com o seu próprio bem estar, tentando enganá-los, com as mais criativas e sub-reptícias manobras do contrário. Faz com que, de uma vez por todas, quando eu voltar a ser pequenino, passe a vida só a escrever-te cartinhas a celebrar aquela máxima que nos ensinaste “amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.
A todos os que se preocupam em nascer em cada dia para uma nova maneira de estar na vida mais conforme à humildade de Belém, um Santo e Feliz Natal e um óptimo 2009
(Crónica publicada no mensário Voz de Mação, Dez 08)
antónio colaço
Acender da fogueira no Largo da Matriz, Mação.
Fogueira da Matriz, Mação, ontem.
Deste lado do Natal, por nós, belhozes e filhozes, mais este raminho de azevinho, estamos prontos.
Caro António,
Espero que no próximo ano possamos colaborar. Um abraço de Boas-Festas
Frei Bento
E depois de Frei Bento Domingues,
Meu bom e muito estimado Amigo: A partir da Alemanha estou a enviar-lhe os meus votos sinceros de santo Natal. Um abraco muito amigo Pe Anselmo Borges São para estes dois amigos, e todos os outros que têm ajudado o irmão sol, para além de um outro projecto editorial, os Votos Especiais de que o Natal possa, todos os dias, ser o Lugar que cada um de nós dedica “ao seu mais próximo”, acolhendo-o e … animando-o!
antónio colaço
NOTA
Até este momento, hora de edição, manhã do dia 24 de Dezembro, não nos tinha chegado qualquer correio, razão porque nada editamos!Chegou, apenas, e por mail pessoal próprio, correio da Associação.Iremos dar-lhe destaque depois das Festas.Assim como assim, todos os que têm mail já receberam. Para além de desejar Boas Festas a todos, a Associação alerta para as iniciativas do próximo ano, nomeadamente a viagem a Assis.Voltaremos ao assunto! |