Evocar António Feio, a sua passagem para a Outra Margem, é regressar à aldeia da Beirã, pequena e alcandorada aldeia quase encostada a Espanha, Marvão à vista, e aos meus colegas de infância com quem partilhava à mesa do único Café, a Canada Dry, a Schwepps, a Larangina C, com palhinhas, as primeiras pastilhas elásticas ... de olhos postos na televisão, colocada quase a rasar o tecto, para assistir aos programs infantis de então.
Beirã, finais da década de 50
Gostei muito da evocação de Herman, ontem, um Herman outra vez humilde.
Mas do que gostei mesmo, António, que nunca tive o prazer de conhecer, foi a lição de Vida que nos deste.
Adorava tudo o que fazias, nomeadamente, com esse teu siamês Zé Pedro Gomes, mas, seguramente, que este teu derradeiro grande papel vai ficar em cena por muitos e longos anos!
Obrigado!
António, agora que tens todo o Tempo, o Tempo Todo, vá, anda daí, senta-te à minha mesa e bebe da minha Canada Dry!!! Não podemos perder a tarde infantil que aí vem!!!
antónio colaço
Sim, vamos a Fátima. À nossa Fátima!
Alguém quer acrescentar umas palavras para ajudar o editor de serviço?!
A que Fátima queremos ir? À Fátima do comer e beber - sim, muito importante, sempre o dissémos - mas... em que, depois, mais nada deve acontecer?!
antónio colaço
Meu caro António Joaquim ( o privilégio da tua visita, no Agosto do ano passado, em Messejana, com o ainda presidente da Câmara de Aljustrel, e grande amigo, Manuel Camacho ) como vês, em três dias já recuperámos 5 novos leitores!
Tenhamos esperança, vêm aí as férias, Luis Marques, Arménio e todos os outros amigos, "ide-bos lá gozar as sãntas fériiinhas e bereis, aos depois, que Fátima bai ser um grãnde sucesso, carago"!!!
antónio colaço
O corrupio ziguezagueante das incansáveis andorinhas faz-nos esquecer o repouso das desalmadas cigarras, um pouco mais acima, no Parque de Monsanto. Um novo dia, a continuada caloria e eis-me quase a questionar a Tua Sábia arrumação dos dias, desejando que o Inverno se precipite em refrescantes bátegas de acalmia.
Obrigado.
Nunca estamos contentes e, no entanto, ao contrário das velozes andorinhas, tardamos em descobrir-Te na aragem fresca da madrugada. Estás lá Todo e o nada que nos enfada é mesmo nada.
antónio colaço
Calçada da Ajuda, há instantes
Irmão Sol, por que não refreias o teu esplendor e nos tornas os dias mais frescos....mais conformes com o Criador? Ou a frieza de que entre nós se fazem os dias precisa, antes, destes sinais, para que nos Iluminemos um pouco mais?
antónio colaço
Queridos dezasseis amigos que persistis em passar por aqui, Paz e Bem!
Será que alguém sabe por onde anda este malandro de Nine, o segundo a contar da esquerda, na primeira fila, um tal de Zé Duarte?!Será que é desta que o vamos ter connosco em Fátima mais o seu inconfundível maço de ..."Sintra"(?) religiosamente comprado em Campanhã mal nos apanhávamos cá fora para as férias?!
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Isto era só um chamariz para agradecer aos dezasseis amigos que por aqui passam diariamente!
Isto porque antes andávamos nos 14!!!
Ou seja, depois desta mini-reactivação já apareceram mais dois amigos!
Dizer que o ano passado, por esta altura, o irmão sol registava níveis de adesão na ordem das duzentas e tal visitas!!!
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O editor já assumiu por diversas vezes a responsabilidade por esta sua imperdoável falta de assiduidade, criatividade, assertividade e o mais que quiserem.
Mais, olhando para esta saudosa foto da nossa Tomada de Hábito, no já distante Julho de 1968, creio, em Barcelos, seria mesmo levado a dizer aos nossos queridos dezasseis leitores que daqui vou já para a minha cela "penitenciar-me", levantando com minha mão esquerda a aba do burel e com a minha mão direita lançar um enérgico e ziguezagueante cilício de dor nas rechonchudas barrigas de minhas impenitentes pernas!
Tudo como pena máxima para este desleixo mesmo que mínimo!!!
4
Noviços, todos para as celas! Alguém quer juntar-se em comovida solidariedade com este jovem frade?!
(continua)
antónio colaço
Paz e Bem!
Há quanto tempo que não tenho o privilégio de comunicar com os meus confrades...
A cada dia desperdiçado, na comunicação com os meus irmãos capuchinhos, corresponde um pecadito . Não pretendo justificar a minha ausência, neste espaço sideral, mas, tão só referir alterações no meu estilo de vida, que levaram a esta ausência.
O Irmão Guardião deste convento já terá prevista uma pena a aplicar a este refractário confrade. Sujeitar-me-ei ao veredicto do Irmão Guardião. Afinal, uma comunidade é constituída por presenças e não por ausentes.
Mas incidamos a nossa atenção sobre o Grande Dia: a nossa reunião a 4 de Setembro, em Fátima.
Então vem à memória o refrão daquele canto que entoámos milésimas vezes:
"Oh que alegria quando me disseram
Vamos para a Casa do Senhor!"
Pois meus caros, pela minha parte, já la estamos, tal como dizia o actor do spot publicitário: - É já a seguir!!!
Não seria de todo descabido levarmos a parafernália do instrumental, tentando a ressurreição do nosso saudoso "Ré Maior". Para tal sugiro ao nosso Guardião, que convoque todos os elementos e respectivos recursos materiais sonantes.
Na memorável Quinta d'Alvarenga , no passado ano, assistimos à tentativa de juntar os restos mortais do defunto Ré Maior. Mas faltavam as traves mestras de tal projecto. Ainda solicitei ao Rui Chamusca para dar um ar da sua graça, porém, ele alegou algum reumatismo metacarpiano . Clara e notória foi a ausência do Sério Pereira, devidamente justificada. Pela minha parte, já sabem: à falta de jeito compenso com o "ferramental" de que disponho, a exemplo do ano transacto.
Para finalizar, aproveito a oportunidade para louvar a dedicação do Frei Colaço a esta causa: a de nos manter em contacto e em comunhão. Já sei que não sou um bom exemplo, mas apelo para que todos os confrades partilhem este espaço, dando conta do seu percurso de vida e testemunho da riqueza espiritual que nos foi legada.
Um abraço a todos, com saudades do futuro 4 de Setembro.
A. Henriques Vaz
NR
Agostiiiiiiiiinho!!!!!
Só a mão do nosso Pai Francisco pode ter salvo esta tua mensagem de não estar agora na web lixeira mundial!!!
2
Ainda estou para saber o que é que aconteceu, para onde é que escreveste que só agora fui recuperar-te algures num correio que não é o do irmão sol!!!
3
Mudámos de mail, será?!
Escrevam-nos para o mail assinalado no "frontespício" do blog!!!
4
O que interessa é que estás de volta!Também nós voltaremos mais tarde!
ac
ÚLTIMA HORA:Decorrem dificeis negociações para contratar os RÉ MAIOR.Alguém que os conheça e que possa meter uma pequena cunha para baixarem ...o cachet!!!
Companheiros e amigos:
Paz e Bem!
Ao chegarmos ao inicio de Julho, como sempre, começamos a pensar a sério na organização do nosso encontro de Setembro.
Por isso, pela presente, convidamos todos os companheiros e familiares para o 14º Encontro Nacional a realizar no dia 4 de Setembro de 2010, na Casa dos Capuchinhos em Fátima, sita na Av. Beato Nuno, nº 405.
Se ainda não vieste nenhuma vez, motiva-te a marcar presença. Rever os que foram nossos companheiros é motivo mais que suficiente para te fazeres ao caminho. Aparece e verás como é este convívio sadio e alegre, que se repete já pela 14ª vez, ininterruptamente.
Inscreve-te, o mais depressa que puderes USANDO OS MEIOS HABITUAIS e constantes nesta Carta Circular ou na FICHA DE INSCRIÇÃO.
As inscrições terminam no dia 31 de Agosto.
O programa previsto terá a seguinte ordem:
Sábado – dia 4 de Setembro
– Depois do Almoço, convívio com os colegas...
– Visionamento de Vídeo – retrospectivo…
Programação do próximo encontro, etc.
NB/ Segue, ainda, a habitual FICHA DE INSCRIÇÃO, que servirá também para corrigir ou alterar algum dado.
Devolve-a ao remetente pelo correio ou por via Fax, depois de devidamente preenchida nos campos pertinentes.
Os Contactos telefónicos ou envio via Fax devem ser feitos exclusivamente para o Seminário ou para os contactos indicados na Ficha de Inscrição.
Respeitosos cumprimentos.
Gondomar, 12 de Julho de 2010
Presidente da Organização
Luis Manuel Marques dos Santos
(em actualização!VOLTAMOS AO ASSUNTO NA SEGUNDA!!!)
Que queremos? Ser santos
Aí está! Alguns/algumas já nem quererão ler mais. Ouso, pois, pedir que primeiro leiam e, depois, falem.
1. Vale era a saudação latina: “Saúde, passa bem!”. Aliás a própria palavra saudação tem também a ver com saúde e com salvação. Saudar vem do latim: salutem dare (dar, desejar saúde). Ainda se diz nas aldeias: “negar a salvação a alguém”, com o sentido de recusar-se a cumprimentar uma pessoa. Saudade tem aqui igualmente o seu étimo. Veja-se, por exemplo, a expressão: mandar muitas saudades. A saudade é aquele sentimento de solidão que tem na sua base a falta da pessoa querida. Ter saudades e enviar saudades é aquele desejo de que quem partiu e anda longe, esteja onde estiver, passe bem. Por sua vez, saúde refere-se sempre àquela situação em que o ser humano na sua totalidade está bem. A saúde tem a ver com o todo holisticamente considerado, numa situação de integração e equilíbrio harmoniosos. Por isso, da saúde faz parte o funcionamento harmónico de todos os órgãos, uma boa relação consigo, com os outros, com a natureza, com a beleza, com o divino.
2. Tudo isto, porque prometi há tempos ao meu querido amigo António Colaço um pequeno texto sobre a santidade.
Ora, aí está algo que praticamente ninguém que alguma vez tenha pensado nisso (mas quantos pensaram?) quereria ser: santo. Até porque os santos com os quais habitualmente contactamos julgamos que são aquelas figuras geralmente muito feias, torcidas e até ridículas que vemos em muitos altares das igrejas e que são levadas a “passear” pelas ruas uma vez por ano nas romarias. Mesmo quando nos reportamos àqueles homens e àquelas mulheres reais de carne e osso, que aquelas figuras quereriam representar, vemo-los a maior parte das vezes como beatos, tristes, a bichanar orações, desagradados com a vida, deprimidos, de relações cortadas com o sexo, ascetas a quem não é permitido saborear as coisas boas da vida.
3. No entanto, se pensarmos bem, é mesmo isso que queremos ser: santos. Porque santo, também etimologicamente, tem a ver com saúde. E o que é que nós fazemos sem saúde? Santo e são têm a mesma raiz (note-se que dizemos Santo António e São Pedro). E isso tanto nas línguas latinas como nas anglo-saxónicas (por exemplo, health e holy). Há sempre essa conexão entre saúde, santidade, salvação e totalidade harmónica (health, holy e the whole). Só estamos sãos fisicamente, se tudo em nós estiver bem: uma dor da alma ou uma simples unha encravada colocam-nos em desequilíbrio. Ser santo significa harmonia toda: estar de bem consigo, com o corpo, com os outros, com o mundo, com a natureza, com Deus (tradicionalmente, dizia-se estar na graça de Deus). Assim, quem despreza o mundo não é santo. O desequilíbrio é o contrário da santidade, que consiste precisamente na plenitude harmónica e expansiva.
Aí está a razão por que ninguém pode ser santo sozinho. O santo luta pela justiça e pela dignidade de todos, para que todos possam realizar plenamente a sua humanidade, que tem dignidade divina. A dignidade e a verdade também pertencem ao núcleo do que se chama santo.
Anselmo Borges
NR
1.Sublinhados nossos.
2.Há quanto tempo esperava por estas palavras. Não como uma receita mas como a prova provada de que, também aqui, a única dificuldade está na simplicidade que se nos exige para tornar simples as coisas do quotidiano que fomos educados para complicar.
Às vezes, comento com alguém que Deus nos dotou com um livro de instruções perfeitíssimo onde tudo está previsto mas, séculos de história, para não dizer milénios, fizeram com que complicássemos, tornássemos difícil aquilo que, afinal, na sua essência é simples.
É isso,trata-se de investir em varrer das nossas condicionadas mentes tudo quanto nos impede de desfrutar, sem complexos, sem "medos" esta "harmonia toda: estar bem consigo, com o corpo, com os outros, com o mundo, com a natureza, com Deus!"
É claro que " ninguém pode ser santo sozinho. O santo luta pela justiça e pela dignidade de todos, para que todos possam realizar plenamente a sua humanidade, que tem dignidade divina. A dignidade e a verdade também pertencem ao núcleo do que se chama santo".
Obrigado, Santo Anselmo, sim, porque nos convoca para partilhar algo que não diz respeito a eleitos ou predestinados, antes, quer traçar connosco, o Destino dos dias. Do Dia!
antónio colaço