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COMENTÁRIO
O Pe Anselmo Borges, outro dos nossos webangelistas de serviço na ânimo (uau!!!) respondia, ontem, ao nosso comentário com um "Meu queridíssimo Amigo:Que o Divino Espírito Santo ouça as nossas orações.
Grande abraço amigo".
Pois bem, este texto de Frei Bento, de hoje,como que prenuncia algo que pode estar para acontecer mais depressa do que julgamos, embora não tão depressa quanto desejamos!
A IGREJA SOMOS NÓS.
VATICANO III PARA TERMOS VOZ!
Um lead que aqui deixámos e que voltamos a relembrar, para que a chama não se possa apagar!!!
antónii colaço
Tejo,há instantes.
Pudessem as tuas águas, Tejo, voltar para trás para que a noite, ontem, em Mação não tivesse sido de trevas....
Foto.Carlos Diogo,Mação.Obrigado,primo.
antónio colaço
E pronto, o Irmão Sol foi nascer para outro lado!
Adeus, ansiosas manhãs, esperando pelos primeiros e tímidos raios....
Que aqueles que, agora, afortunadamente, te desfrutam tal como nós, sejam dignos da tua Luz inicial.
Apetecia dizer, mas tu não mereces, "hás-de cá vir para a próxima"!
Sim a culpa disto tudo é de um tal Galileu.
Tivesse ele Facebook e deixava-se estar quietinho!
Obrigado.
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A MINHA NOVA SAGA
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COMENTÁRIO
Com um imperdoável atraso - o Espírito sabe e compreende porquê - aqui fica mais uma incansável tarefa de Frei Bento, que, conjuntamente com o Pe Anselmo - atentem bem no que nos deixa escrito, hoje,...no DN -ambos preparam a nova Ressurreição porque aspiramos.
Mais do que "cumprir preceitos, viver em comunidade" é do que precisamos!
Sejam preceitos religiosos ou sociais, adiantamos nós!
Obrigado!
antónio colaço
Pe Anselmo Borges
In DN
O PAPA E AS INTRIGAS NO VATICANO
Dizia-me uma vez em Bruxelas, admirado e pesaroso, um ilustre teólogo da Universidade de Lovaina (Joseph Ratzinger até o cita num dos seus livros sobre Jesus de Nazaré; não é herege): "Como é que foi possível o movimento desencadeado por Jesus, essa figura simples e amiga dos pobres, que acabou crucificado, desembocar no Vaticano, com um Papa chefe do Estado?" Entende-se, quando se estuda a História, mas é preciso reconhecer a tremenda ambiguidade da situação e o perigo constante de traição da mensagem cristã.
Hoje, concretamente, como já aqui chamei a atenção, citando o livro de Hans Küng, Ist die Kirche noch zu retten? (A Igreja ainda tem salvação?), a Igreja Católica, a maior, a mais poderosa, a mais internacional Igreja, essa grande comunidade de fé, está "realmente doente", "sofre do sistema romano de poder", que se caracteriza pelo monopólio da verdade, pelo juridicismo e clericalismo, pelo medo do sexo e da mulher, pela violência espiritual.
Ora, a Igreja não pode entender-se como um aparelho de poder ou uma empresa religiosa; só como povo de Deus e comunidade do Espírito nos diferentes lugares e no mundo. O papado não tem de desaparecer, mas o Papa não pode ser visto como "um autocrata espiritual", antes como o bispo que tem o primado pastoral, vinculado colegialmente com os outros bispos.
A Igreja tem de fortalecer as suas funções nucleares: oferecer aos homens e mulheres de hoje a mensagem cristã, de modo compreensível, sem arcaísmos nem dogmatismos escolásticos, e celebrar os sacramentos, sem esquecer o dever de assumir as suas responsabilidades sociais, apresentando à sociedade, sem partidarismos, opções fundamentais, orientações para um futuro melhor.
Não se trata de acabar com a Cúria Romana, mas de reformá-la segundo o Evangelho. Essa reforma implica humildade evangélica (renúncia a títulos como: Monsignori, Excelências, Reverências, Eminências...), simplicidade evangélica, fraternidade evangélica, liberdade evangélica. E é necessário mais pessoal profissional, acabando com o favoritismo. De facto, esta Igreja é altamente hierarquizada e ao mesmo tempo caótica. Quem manda no Vaticano? "Conselheiros independentes haverá poucos." Precisa-se de transparência nas finanças da Igreja.
Acima de tudo e em primeiro lugar, é preciso voltar a Jesus Cristo, ao que ele foi, é, quis e quer. De facto, em síntese, a Igreja é a comunidade dos que acreditam em Cristo: "A comunidade dos que se entregaram a Jesus Cristo e à sua causa e a testemunham com energia como esperança para o mundo. A Igreja torna-se crível, se disser a mensagem cristã não em primeiro lugar aos outros, mas a si mesma e, portanto, não pregar apenas, mas cumprir as exigências de Jesus. Toda a sua credibilidade depende da fidelidade a Jesus Cristo."
Problema maior é a Cúria. O cardeal Walter Kasper, referindo o actual péssimo clima no Vaticano, que causa "confusão" entre os fiéis, disse que Bento XVI anda "muito triste". E tem razões para isso. O paradoxo é este: o papado é a última monarquia absoluta do Ocidente, mas o Papa não controla a Cúria. Duas cartas do núncio apostólico nos Estados Unidos denunciam corrupção ao mais alto nível no Vaticano. Agora, em finais de pontificado, começaram já as intrigas maquiavélicas e as lutas pelo poder, no sentido de manobrar a sucessão, tendo-se chegado até a falar numa conspiração para matar o Papa.
Neste contexto, o Papa lembrou, no passado Sábado, aos novos cardeais que "domínio e serviço, egoísmo e altruísmo, posse e dádiva, interesse próprio e generosidade: estas lógicas profundamente opostas confrontam-se em todas as épocas e em todos os lugares. E não há dúvida nenhuma sobre a via escolhida por Jesus". Recomendou que "renunciem ao estilo mundano de poder e de glória". "O serviço de Deus e a doação de si é a lógica da fé, que está em contradição com o estilo mundano."
Desculpem, Reverências e Eminências, mas a Igreja não vai com púrpura, barretes cardinalícios e intrigas de poder. Só com o Evangelho.
E pronto, o Irmão Sol foi nascer para outro lado!
Adeus, ansiosas manhãs, esperando pelos primeiros e tímidos raios....
Que aqueles que, agora, afortunadamente, te desfrutam tal como nós, sejam dignos da tua Luz inicial.
Apetecia dizer, mas tu não mereces, "hás-de cá vir para a próxima"!
Sim a culpa disto tudo é de um tal Galileu.
Tivesse ele Facebook e deixava-se estar quietinho!
Obrigado.
antónio colaço
Pe. Anselmo Borges
In DN
POLÍTICA E ÉTICA
Quando se pergunta: o que é o Homem?, as tentativas de resposta foram múltiplas ao longo dos tempos. Mas lá está, essencial, a de Aristóteles: um animal que fala, que tem logos, um animal político.
O ser humano é constitutivamente um ser social. Fazemo-nos uns aos outros, genética e culturalmente. Procedemos de humanos e tornamo-nos humanos com outros seres humanos. A relação entre humanos não é algo de acrescentado ao ser humano já feito: pelo contrário, constitui-nos. A prova está nos chamados meninos-lobo: tinham a possibilidade de tornar-se humanos, mas, sem o contacto com outros humanos, não acederam à humanidade. É isso: somos humanos entre humanos e com humanos. Apesar da experiência, que também fazemos, da solidão metafísica - cada um é ele, ela, de modo único e intransferível -, não há dúvida de que só na relação nos fazemos. O individualismo atomista contradiz a humanidade que somos.
Sobre este fundo, concretizando, podemos perguntar: como poderíamos realizar a nossa humanidade, em todas as suas possibilidades, sem a cooperação de todos? Este texto, por exemplo, implica a presença de uma língua que eu não criei, um conjunto de referências culturais com que fui dialogando, foi enviado por e-mail, alguém tratou dele e o publicou e depois o distribuiu... Uma rede incalculável de relações, umas conhecidas e outras não. Se pensarmos bem, estamos unidos com todos, nesta pequena aldeia, que é o nosso planeta, incluindo os do passado, que nos permitiram chegar até onde nos encontramos, com telecomunicações, automóveis, electricidade, aviões, televisão, internet e o mundo todo das ideias e os seus debates... Até quando tomo o pequeno-almoço, penso nisso: naqueles que, lá longe, colheram o café e o transportaram e o preparam.
O que somos somo-lo na cooperação de muitos, de todos. Isto é a sociedade, no quadro de divisão de trabalhos, de carismas, de esforços em comum.
Mas, aqui, surge o busílis da questão: quem manda? É o tremendo problema do poder. Porque - não se pode ser ingénuo - onde há muita gente, alguém tem de comandar. Ora, se todos fossem bons, generosos, numa palavra, éticos, esta magna questão não seria questão, pois apenas teríamos necessidade de alguém que coordenasse os esforços, as tarefas, os carismas. Todos obedeceriam às normas, ninguém transgrediria, não haveria clientelismos nem salários escandalosos, todos procurariam o maior bem de todos. Como é sabido, de facto não é assim.
Se todos fossem éticos, não seria necessária a política no sentido estrito da palavra: tomada e organização do poder no quadro do Estado que detém o monopólio da violência. Na realidade, nos seres humanos, há bondade e maldade, alguns ou muitos são preguiçosos e querem viver à custa dos outros, há os ladrões, os corruptos e os corruptores, os violentos, e somos todos interesseiros e egoístas. E lá está a política como arte de congregar esforços para o bem comum, no quadro de leis que devem ser justas e equitativas e no sentido de harmonizar interesses, na paz possível, evitando a violência.
A política não tem por finalidade tornar os homens moralmente bons, muito menos, santos - é necessária, precisamente porque não somos éticos. Aqui, ergue-se o paradoxo: não há política ética, o que há são homens e mulheres éticos ou não na política. Como também os políticos são homens e mulheres, com virtudes e vícios, a política é um exercício complexo e sempre instável, exigindo um aperfeiçoamento constante. De facto, o que se passa, quando a política fica subordinada ao poder económico e financeiro? Ou se se der uma cartelização dos partidos?
Quando se olha para o presente estado de coisas, percebe-se que a própria democracia não é uma aquisição definitiva. Então, o que falta no meio do deserto ético? Precisamente a conversão ética, porque a multiplicação de leis e a sua sanção acabam por levar a um labirinto sem saída. Mas, desgraçadamente, as instituições mais responsáveis pela transmissão dos valores éticos estão a abrir falência: a família, a escola, a Igreja. A situação pode tornar-se explosiva.
COMENTÁRIO
O Pe Anselmo dizia-me, há dias, a propósito do meu últmo comentário sobre o suposto murro no estômago do seu último Webangelho,"os meus textos também são para provocar!"
Aqui temos outro texto a provocar-nos, melhor, a chamar-nos para que este final - " a situação pode tornar-se explosiva" - não tenha lugar.
Ou seja, de facto, o grande trabalho que cabe a cada um de nós é transformarmos as "instituições" ditas "responsáveis pela transmissão dos valores éticos".
Como?
Multiplicando estes espaços onde, cada um de nós, ganha cada vez mais consciência de que AS INSTITUIÇÕES SOMOS NÓS!
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É por isso que também saudamos a próxima iniciativa deste nosso incansável amigo, a ter lugar já no próximo 5 de Março!!!
Estas, sim, são as verdadeiras armas explosivos de que devemos fazer uso.
Manuel António Pina diz hoje, creio que no DN, e cito de cor, "às vezes apetecia-me armar-me de um cinturão de explosivos e rebentar com essa malta toda"!
É uma metáfora. Vale o que vale.
Para nós, estes WEBANGELHOS, de Anselmo e Bento chegam e sobram.Assim nós correspondamos ao seu empenhamento acrescentando o nosso próprio empenhamento na materialização da renovação - REVOLUÇÃO TEOLÓGICA - que representam!
Obrigado, por continuarem a provocar-nos, Pe Anselmo e Frei Bento!
antónio colaço