Sem adiantar muitos pormenores, decorreu, há instantes, na Mãe d'Água,um primeiro ensaio para aquilo que se deseja um bom momento de improvisada criatividade na tarde de 12 de Abril, pelas 19 horas, na inauguração da minha exposição "LISBOAS.40ANOS DE LISBOA.pintura.escultura.música".
Um renovado agradecimento à Junta de Freguesia de S.Francisco Xavier pela cedência do seu magnífico cravo/órgão/piano...
E não há tempo para mais palavras pois todo o que sobra é para...obras!!!!
antónio colaço
PS
O operador de camera, Fernando Neves, é o responsável pela duração deste pequeno vídeo!Ele acha que não devemos ir mais longe, daí o seu corte abrupto!!!
Obrigado, Fernando!!!
antónio colaço
Confesso: nos últimos tempos "chaguei" a cabeça a dois ou três amigos mais chegados, digamos (e como seria bom que o Face ajudasse a alargar este conceito?!) com quem ia partilhando a evolução - o making off (uau!!!) - de alguns do...s quadros!
Uma tão irreprimível quanto compulsiva (sim, reconheço) vontade de comunicar, de partilhar.Não me chego, logo, chago, chego-me!!!
2
Parei e desisti.
Mas, reincidente, está a apetecer-me partilhar com todos os que por aqui passam uma das telas que já entrou com a "tasca" quase fechada:
-AdiVINHO-te (III).
O tema do vinho é, em mim, recorrente! Gosto tanto de vinho quanto de celebrá-lo!
Aí vai, antecedido de um pequeno poema que escrevi para a primeira tela,mais uma tela onde as vides, as folhas, os pequenos achados cerâmicos e a terra vieram do meu querido Vale das Árvores que tão abandonando anda com estas andanças mas que também, assim, se vê alcandorado à categoria de elemento plástico do meu humilde saber:
Sei que adivinhas o que adiVINHO em ti.
Faz de mim a vinha que te aprouver.
Leva-me para a adega que mais te apetecer,
Pisa-me e eu mostro-te o mosto de que são feitos os meus cachos.
No silêncio das adegas de Outono,já só quero sentir
a sabedoria dos dedos com que me curas e revolves.
Prova-me e bebe!
Este é o calíce do sangue que nos redime.
antónio colaço
Pe Anselmo Borges
In DN
O FIM DO, DE/UM MUNDO
Afinal, já "se sabe" quando é o fim do mundo: no dia 21 de Dezembro deste 2012! Como se chegou a esta data fatal, cuja notícia invade muitos sítios da Rede?
O arqueólogo britânico Sir John Eric Thomson, um eminente mesoamericanista do século XX, mostrou as correlações entre um dos calendários maias e o nosso calendário. Segundo certos cálculos, a partir de um texto breve, descoberto nos anos 50 do século passado em Torturego, no México - quem quiser aprofundar a questão de modo breve e sério consulte o dossiê dedicado ao tema por "Le Monde des Religions", Nov.-Dez. de 2011 -, a contagem longa dos maias teria começado no dia 11 de Agosto de 3114 antes da nossa era e acabaria no solstício do Inverno do ano em curso, 21 de Dezembro de 2012.
Tanto bastou para que se desse, nos anos 80 do século passado, o começo de um movimento apocalíptico planetário, iniciado por José Argüelles, "maianista" americano convicto, isto é, partidário do maianismo, termo que designa as crenças New Age, apoiadas na mitologia maia. Em Le Facteur maya, publicado em 1987, afirmava que o dia 21 de Dezembro determinará uma transformação na consciência mundial bem como o início de uma nova era. Rapidamente percebeu que a aldeia global era um alvo ideal e o que é facto é que os sítios esotéricos e apocalípticos consagrados à "profecia maia" invadiram a Internet, e o cinema e a televisão associaram-se na difusão do rumor planetário desta catástrofe "profetizada" pelos maias e pretensamente confirmada por astrólogos e cientistas.
No entanto, se alguns incidem na angústia colectiva do fim do mundo, explorando uma certa depressão planetária, outros são menos alarmistas, informando que o que os maias sabiam é que o 21 de Dezembro será um "renascimento" e o "início de uma nova era mundial". "O fenómeno 2012 é totalmente indissociável da Web. É essencialmente por esse meio que se desenvolveu desse modo", explica Laure Gratias, jornalista e autora de La Grande Peur de 2012. "Em todos os sítios da Internet e em todas as obras consagradas a 2012, encontra-se esta afirmação categórica: as ideologias, as religiões e as filosofias mais diversas convergem no sentido de designarem 2012 como data do apocalipse."
É inevitável perguntar como é que se instala tanta crendice na mente das pessoas que aceitam como indubitável o fim do mundo no dia 21 de Dezembro próximo. Como diz Éric Taladoire, especialista das civilizações pré-colombianas, tentarmos repor a verdade sobre um falso fim do mundo é uma tarefa árdua, pois, por definição, "os que crêem nisso consideram-nos precisamente como mentirosos ou dissimuladores, participantes num vasto complô."
De facto, os maias não falavam tanto do fim do mundo como do fim de um mundo e da sua reciclagem, segundo um princípio de alternância e um movimento cíclico perpétuo: a vida acaba na morte e a morte dá lugar à vida, o termo de um ciclo é seguido de um renascimento. Os Livros de Chilam Balam não são a profecia delirante do fim do mundo, pois referem-se ao fim de um mundo, precisamente ao desabamento do seu mundo, no contexto da conquista feroz espanhola. Mas essa "catástrofe cultural e demográfica sem precedentes" não impediu um renascimento: os maias continuam vivos, mesmo se a sua cultura mudou.
É assim também no fim de um mundo que nos encontramos hoje. Vivemos num mundo aparentemente à deriva e sem controle e é como se caminhássemos inexoravelmente para o abismo. Como escreve É. Taladoire, "A nossa época atravessa uma crise de amplidão planetária. Ela manifesta-se em todos os domínios e é amplificada pela aceleração da informação: daí, a multiplicação dos rumores, das informações incontroláveis. A dúvida instala-se, dando lugar a teorias de maquinação. É neste terreno que prosperam os rumores apocalípticos, difundidos por gente sincera ou verdadeiros escroques. Os investigadores desenvolvem uma análise rigorosa, lógica, mas os 'crentes' refugiam-se no acto de fé. Os desmentidos científicos podem por vezes convencer os hesitantes, mas os partidários do complô só verão nisso a prova da amplidão das manipulações."
* Padre e professor de Filosofia
COMENTÁRIO
De facto, mais do que o fim do mundo, o que interessaria pôr fim, quanto antes, é a um mundo onde, sabemo-lo hoje, graças às novas tecnologias, proliferam as injustiças e agrava-se o fosso entre os mais ricos e os mais pobres.
Por isso, e esse é o objectivo deste espaço em que nos limitamos a reproduzir,melhor, a amplificar o contributo de alguém que nos ajuda a olhar com outros olhos, a olhar mais fundo e perceber o que, verdadeiramente está na génese de tal maldade.
Com a agravante de que a sua Palavra iluminada nos remete à origem do Deus Criador, Bom, Omnipotente, sim, mas sempre Presente.
Uma concepção de que nos quiseram , e querem afastar, aqueles que tardam em perceber que não é mais possível apostar no Deus do Pecado, Castigador, pai de toda a culpabilidade...
As novas tecnologias são, de facto, um precioso instrumento para congregar as tantas vontades de que precisamos para caminhar para a construção deste tão desejado MUNDO NOVO!
O Mundo que sempre esteve na cabeça de Deus!
Tardamos a descobrir a liberdade de que Ele nos fez donos e senhores, nomeadamente, a de asneirar com estes proclamados "fins-do-mundo"!!!como o Pe Anselmo hoje reporta.
É hora de recuperar o tempo perdido.
De experimentarmos viver num mundo novo sem o confessado medo de que acabe.
antónio colaço
Junto-me a ti, renascido Jacarandá,não há nuvens que resistam à certeza de um Sol, por mais cercado, de nós sempre se acerca.
Uma adolescência fulgurante e perfumada.
Assim nos sinalizassem quando por lá passámos.
É bom apanhar estas boleias que todos os anos nos reconduzem tão Perto do nosso próprio Princípio.
Não para que nos demoremos por lá, apenas para que não esqueçamos o muito caminho que, afortunadamente, ainda há.
Obrigado.
Acho que as nuvens apenas querem pòr à prova a nossa inabalável confiança no Sol!
Saia uma de nuvens para as redes sociais da mesa deste canto.
Obrigado.
antónio colaço
Tal como previmos o tempo estica-se e a preparação da LISBOAS exige de nós toda a atenção.Completamente impossível chegar a tempo!
Aqui vai um três em um só para que fique tudo dentro desta Sexta-feira.E começamos...pelo fim!!!!
COMPLETAS
Imagens de ontem, mas que de hoje poderiam ser.
Fascina-me a intemporalidade dos dias, uma espécie de gozo antecipado da Eternidade, que, já o sendo, não pode ainda contar com o meu total abandono nos seus braços...
LISBOAS
Igreja de S.Paulo.
Tantas vezes vim descansar, aqui, junto de S.Paulo (Igreja de S.Paulo, na Rua com o mesmo nome, ao Cais do Sodré, que tem no seu tecto um belíssimo exemplar de "trompe l'oeil") cansado de "S.Bento"!
Hoje, de passagem, entrei.À porta, uma moldava a quem nada dei.
À saída, deu-me para entrar na pele da moldava e tentar perceber de que alegria se fez a sua alegria pelo euro que lhe dei.
Estradas de Damasco de nós....
MATINAS
Sol, as minhas palavras ficam a descansar.
Tens a porta aberta, podes despertar!
Obrigado.
antónio colaço
O dia 12 de Abril (relembro, dia programado para, pelas 19 horas, na Mãe d'Água, às Amoreiras ter lugar a inauguração da minha exposição "LISBOAS-40ANOS DE LISBOA.pintura.escultura.música") aproxima-se e, no atelier, o caos vai-se instalando.Sempre me recordo de uma frase do saudoso José Gomes Ferreira que dizia "crio a partir do caos!", pois é nessa fase em que as coisas andam.
Quem dera, de facto, um espacinho maior... nunca estamos satisfeitos!Mas, também, nunca foi por isso que deixei de trabalhar!
Este trabalho, de que mostra parte,vai chamar-se VEREDAS.
Foi, de facto, numa maçanica vereda, caminhando, como faço sempre que posso, que descobri este montinho de ardósia, ou xisto,tal como aqui está!Divididinhos, estes pedacinhos ali estavam numa assumida união de facto como que a dizer-me, "leva-nos, mostra como na especificidade de cada um dos nossos pedacinhos, podemos funcionar em grupo e...ser agradáveis à vista lá dos teus amigos de Lisboa!"
E cá estão a ganhar forma!
Outro trabalho e um tema em mim recorrente: "LOUVOR E EXALTAÇÃO DO CANUDO".
Não, nada contra os pobres canudos.
São de facto, preciosos, os serviços que nos prestam os canudos.
Nesta colagem, podemos encontrar os consagradíssimos canudos da "Renova" (ei, pessoal de Torres Novas, um apoiozinho para pagar esta publicidade!!), os canudos do papel de alumínio, ou transparente com que conservamos os alimentos no frigorífico, ou o canudo dos tecidos com que nos vestimos e seduzimos quem por nós passa, etc...
Já estavam a pensar que eu estava a meter-me com os "outros ...canudos"!!!!
Mais curioso é que nos trabalhos de colagem, isto mais me parece um órgão de tubos, daí o "Louvor e exaltação", quase música de órgão de....tubos!!!Ou seja, os canudos defendem-se e exaltam-se a si próprios!(Uau!)
antónio colaço