Caro Tozé:
sei que sou um ingrato, ao ponto de não ter o meu tlm ligado.
Esta faceta de desalinhado não abona em meu favor, eu sei.
Aproveito para te agradecer a amabilidade da mensagem no meu aniversário e através da "ânimo" dizer que fiquei muito sensibilizado pelo carinho e amizade dos meus confrades e outros amigos.
Saudações de Paz e Bem para a tua prole e para os nossos amigos confrades.
Agostinho Vaz
Colaço, segue novo contributo.
Por coincidência, o Frei Pedro Ferreira faz anos hoje.
(NR-Ontem!)
O Agostinho Vaz também. Se pudesses associar a foto de nós os dois palhaços que "postaste" no Irmãosol...
O Zeferino também faz anos
Um abraço. E obrigado por abrires a capelinha...
Sério
Começo no mês de maio e acabo no Carnaval! É mesmo andar para trás!
A verdade é que a D. Irma não fazia acepção (ai!... o novo Acordo Ortográfico, fácil de aceitar nalguns casos, tão difícil noutros… aceção! Então a ata das reuniões!!! Escrevíamos atitude e estrutura, apesar de os conhecimentos de Latim nos empurrarem para escrever actitude e estructura!...)
Dizia eu, a D. Irma não fazia ecção de pessoas, digo, de animais: a gata que tínhamos em casa, sem desmerecer a gentileza dos donos, viu-se nas suas sete quintas a comer de faca e garfo, à mesa como gente grande que nem tu, Pedro!...
Nem de propósito, Pedro: um abraço amigo neste dia 23! E que estas imagens de juventude e generosidade dêem uma forcinha no esforço que todos os dias fazes (fazemos) para contrariar o que a soma dos anos teimosamente nos impõe!...
A última vez que nos vimos (julgo) foi na Baixa da Banheira. Há c’anos!... De visita ao meu irmão Chico na Cidade Sol (Santo António da Charneca), desafiei-o para darmos um salto à Baixa da Banheira que do alto do seu sétimo andar, da janela das escadas, me havia apontado como sendo “ali” na primeira vez que o visitei. Tocámos à porta da residência paroquial. A minha surpresa ao ver-me diante do Engº Gil Vasconcelos, marido da D. Irma, embrulhado numa manta. Uma pessoa que se impusera como referência (Obrigado, Pe. Fernando de Negreiros, pelo seu “O Senhor deu-me irmãos”, em que também o inclui, mas… a que não sei aceder na nova página de capuchinhos.org…) Após o reconhecimento, a preocupação (prestimoso como sempre) de ir chamar o Senhor Prior. O pedaço de tempo que nos deste, Pedro… Sorvemos com gosto o vinho da amizade que nos disponibilizaste nesse princípio de tarde.
***
Um abraço também para ti, Agostinho Vaz! Aquele castigo do Pe. Fulgêncio, praticamente nos teus primeiros dias de Seminário, sem culpa nenhuma tua – e penso que nem minha! - acabou por criar uma especial amizade… Espero dar a minha versão dentro em pouco (a tua seria também interessante!...)
Parabéns também ao Zeferino!
Constantino Sério
NR-NOTA DA REDACÇÃO
Só tu, querido Sério,para me tirares do sério!!!!
O que é que queres que te diga?
Foi cá uma trabalheira conseguir editar este teu guião!!!
Mas.... foi sempre isso que desejei.
Aqui fica o teu azeite para manter acesa a lamparina desta S.Dami@o meio em ruínas...
Obrigado.
antónio colaço
MAIO
“Mês de encantos e de flores,
Maio ditoso findou.”
Pois… findou. Deixei-o fugir sem visitar a capelinha da missão que o Colaço se impôs (e que - ermitão - mantém aberta contra ventos e marés) e acrescentar umas gotinhas de azeite à lamparina que teimosamente mantém acesa. Uma visita prometida a cada Maio, extravasando um pouco da vivência peculiar que o marcava:
- a “Divina Pastora” anunciava-o (por vezes introduzia);
- a Senhora “vigiava-nos” o estudo desde o trono que lhe erguíamos na aula mor;
- o recreio da noite terminava ainda dia;
- as pequeninas ameixas engordavam a olhos vistos no terreno abaixo dos lavatórios do campo, junto ao qual formávamos a fila que, deixando o costumado trajeto e comandada como sempre pelo decano, guinava logo à direita, atravessava aquela espécie de nave abobadada de videiras a rebentar de promessa, passava junto à fachada da casa, entrava no ”coro” pela porta lateral, junto à grade divisória;
- o reportório laboriosamente trabalhado pelo Pe. Donato, desde o invitatório “Vinde e vamos todos / com flores, à porfia”, ao “Doce Mãe”, “É puro da açucena”, “Divina Virgem” a entremear as três avé-marias, o “Manda a nossos lares” antes da pregação… E o mais identificador “Como celebra Maio o alegre rouxinol”!...
Não resisti a “trautear” alguns dos cânticos aquando da visita à tua Exposição na Mãe d’Água (Jardim das Amoreiras) no ano passado.
Era Maio…
(02’20’’ - Vinde e vamos todos” e 03. “Como celebra Maio”…).
Era também a iminência do fim do ano lectivo e iminência dos exames; era a aproximação das férias grandes (após um ano inteiro, regressaríamos a casa!)
Ao longo da vida, outros acontecimentos se foram associando.
No ano passado, também em Maio - a 13! - foi a partida do Zé. Foi o primeiro dos nove irmãos a partir. Oitavo que eu sou, andei ao colo de todos. Mas
se alguém esteve ligado ao “meu” Seminário foi ele.
Mais uma vez a vontade de partilhar com os colegas esta vivência. E mais uma vez o engasgue… Vou esperar mais uns tempos; no próximo Maio, já mais “a frio”, vou fazer esta partilha no “Irmão Sol”.
Para caçoada disto tudo, a 20 de Abril passado foi a partida inesperada do Germano. Mais que marido da Lurdes, a irmã mais velha, foi o 10º irmão que entrou em casa.
Toma e embrulha! Guardas para amanhã e vê no que dá!!!
Tomo. E embrulho!
Amial, na cerimónia do beija-mão na Missa Nova do Luís Gonçalves e do João Santos Costa. A mãe, à esquerda, de lenço atado ao pescoço; o Eduardo parece encostado à testa da mãe; saliente na sua altura, o Germano; o Zé prepara-se para beijar as mãos do João depois de beijar as do Luís…
São Romão, 25 de Setembro de 1960
Todo vaidoso, de fatinho e sapatos (que luxo!!!), o lacinho da Comunhão Solene no braço esquerdo qual troféu, não caibo em mim de satisfação. De máquina fotográfica em riste que nem profissional encartado, o Manel, nos seus 15 anos, procurou cenário a condizer com a festa. Fora do aglomerada das casas, evidentemente. E fixou o momento.
O fato era preto (sem a gravata preta, claro está) porque no dia seguinte, de saco e mala com o “enxoval” exigido, rumava Gondomar pela mão do Zé.
Hoje o casario estendeu-se até à Estrada Real (como se chamava a Estrada da Beira) a 3 km. O cenário hoje é este.
Saindo da estrada que leva à Catraia (Estrada da Beira) o acesso ao cemitério.
Um acesso que trilhámos em agosto de 76 com a mãe, em fevereiro de 92 com o pai, no ano passado com o Zé, agora com o Germano…
Em São Romão, naquele Carnaval em que um “destemido grupo de alpinistas” se apetrecha para o assalto à Torre (serra da Estrela). Não admira que o tivessem conseguido, com um Guia (o Germano, à esquerda) conhecedor da Serra como ninguém! E com um carro de assalto como era o boca-de-sapo da D. Irma!
Outro ângulo da mesa.
(Na parede, um quadro com fotos da Profissão Simples em Barcelos agosto de 65).
A propósito, Agostinho: um abraço especial neste dia 19. Paz e Bem!
Uma senhora no meio de 6 mânfios (Acílio, Pedro, Santos Costa, Agostinho Mendes, Germano e eu)!!! - No problem, - garantia o canische.
Contornámos as curvas a seguir à Lagoa Comprida e atingimos o planalto. A D. Irma, experimentada alpinista (literalmente, não fosse ela suiça!), como não tinha correntes para os pneus, ficou por ali (ao fundo, o ponto negro). A Torre parecia “já ali”. Numa corridinha estamos lá!
É o estamos! Olhem o que já andámos! A D. Irma ficara já no fim daquela recta que se prolonga para trás da nuca do Acílio…
Aqui o Germano já nos permitiu deixar a estrada (impediu-no-lo quando, logo ao começo, queríamos cortar pelo que nos parecia constituir um atalho:
- Nem sabem no que se iam meter!- disse ele.
Chegámos de novo à estrada, já perto.
Finalmente!
Para a posteridade, testemunhando a “conquista” da torre que perfaz os 2 000 metros (desta vez, foi o Germano o fotógrafo)
As torres do radar da Força Aérea estavam livres da neve (como tinham de estar). O acesso aos edifícios fazia-se por túneis no gelo. As instalações eram subterrâneas.
A conquista abriu cá um apetite!
Olha se estivéssemos dependentes de um condutor como este?!
Contantino Sério
Ao fim de uma semana de serena reflexão, concluo que devo prolongar o silêncio que se faz sentir neste lugar.
Devo esta palavra a todos aqueles que,de boa fé,aqui deixaram, mais do que palavras, a sua Palavra.
Quando concluir que a partilha do que sinto,acrescenta, mais do que diminui,eu volto.
Obrigado.
antónio colaço