CONFISSÃO:NÃO É JUSTO CONTINUAR....LOUVADO SEJA O IRMÃO SILÊNCIO.
... nestas condições.
De facto, o
irmão sol pode ser tudo menos um lugar de encontro dos antigos alunos dos frades menores capuchinhos. Ou antes, mais não tem sido do que um encontro de meia dúzia de amigos que se cruzaram numa dada época, por sinal a mesma, deixando para trás tanta gente e tantas histórias para contar.
Quase sempre os mesmos, confesso.
Mas tudo fiz para que assim não fosse, confesso, também, e isso tem sido visível no que, para o bem e para o mal, por aí ficou escrito.
A conta gotas, chegaram diferentes fotografias, sim, mas quase sempre dos mesmos.
A conta gotas, diferentes textos, sim, mas quase sempre dos mesmos.
O
irmão sol bateu hoje todos os recordes de visitas desde a sua fundação mas... nenhuma palavra, nenhuma iniciativa que viesse iluminar os nossos passos, certificar-nos de que, afinal, não passamos de meia dúzia de "
pseudo-intelectuais" que mais não fazem do que descer em voo rasante sobre as juvenis presas de Gondomar, Barcelos, Porto e sobre a suas tantas histórias para contar, quais abutres literários, sorver-lhes as inocentes vísceras em golfadas de fino recorte literário.
Agora, para o bem e para o mal, os mesmos que sempre têm escrito, também já nem sequer reagem. Para sua felicidade, aperceberam-se do logro em que estavam a cair.
O problema, portanto, é meu: sou sempre o mesmo e, esgotado, sem criatividade só resta dedicar-me à contemplação, ao silêncio.
É certo que ainda restam algumas
zonas onde ludibriar alguns incautos. Uma questão de tempo, dirão os mesmos.
S.Francisco, o homem de acção, convoca-me para a
reflexão. É por lá que, por minha conta e risco próprios, continuarei. Aliás, dou graças a Deus porque o espírito conventual aqui iniciado saltou para aquele espaço. Hoje, sem qualquer vergonha intelectual, rezo na
ânimo, leio o
webangelho na
ânimo e é para lá que encaminho os meus passos. Pronto a receber quem por lá quiser aparecer.
Louvado sejais,
Irmão Silêncio.
antónio colaço